Benjamin Teixeira
pelo espírito
Irmã Brígida.

Ouve, amigo, a voz sutil, mas indiscutível, de tua consciência.

Não acredites nas sugestões sinistras daqueles que te propõem bancarrota moral.

Sim, supera toda expressão de preconceitos. Põe-te, sobranceiro, acima de todas as convenções, em função de ideais corretos e nobres. Pensa de modo pragmático e livre de dogmatismos. Entretanto, não te esqueças de que o ser humano é regido por princípios morais, que transcendem circunstâncias de época e lugar, que governam o destino de povos, indivíduos, civilizações.

Reergue o ânimo abatido e torna a trabalhar, com vigor, no campo de teus princípios e valores mais subidos.

Esquece as licenças que se te delinearam no campo das possibilidades, e caminha, seguro, nos rumos verdadeiros da espiritualidade, pela vereda única que há para tanto: decência, lisura, transparência.

Querem-te dizer que a modernidade dá notícias de liberdade, fazendo-te confundir degradação com vanguardismo, e a própria liberdade com desgoverno das paixões.

Se alguém cai nas armadilhas fascinantes do mal, ei-lo logo mais pagando pesado estipêndio à contabilidade da Vida, em moeda de dor moral, em forma de remorsos e crises variadas, quando não de desastres existenciais diversos, que o estarão arrastando ao ponto de equilíbrio espiritual abandonado.

Assim, uma vez mais, em meio ao desatino das trevas, tentando te seduzir com mil convites à degenerescência, sobe, seguro, a íngreme montanha da excelência moral, recordando e mantendo em mente que não há progresso e vitória espirituais sem esforço, sacrifício e muita disciplina.

(Texto recebido em 8 de fevereiro de 2006.)