Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eustáquio.


Podes enganar a todos, menos a tua própria consciência. Se foges, um milímetro que seja, do perímetro de teu dever, percebes a ferida aberta n’alma, a verter o sangue da alegria e da paz, ainda que coloques camadas e camadas de racionalização, por sobre ela.

Não desdenhes, jamais, dos reclamos sutis de tua consciência. Atende-os, ainda que ao custo de alguns caprichos não atendidos – o ganho que amealharás será enormemente desproporcional ao que aparentemente estarás perdendo.

Obviamente que não estamos postulando posturas castradoras, reacionárias ou exageradamente moralistas. Fazemos alusão àqueles desvios claros da rota da verdade interior, que todo indivíduo pressente, no momento em que incorre no deslize da falta moral.

Que a voz da consciência – embora sem preconceitos – seja ouvida, e se estará poupando o indivíduo das maiores dores da vida, e ainda estará atraindo, para si, os mais alvissareiros ensejos de felicidade e de paz.

A voz da consciência é o centro da alma; é a essência de tudo. Por ela, fala Deus à criatura, bem como Seus mensageiros. Por ela, encontra-se o caminho de realização pessoal. Nela, vibram as expressões mais sublimes do amor e do ideal. Eis porque, assim, deves-lhe respeito augusto, e, sobremaneira, obediência integral, na certeza de que, se por vezes podes-te enganar sobre o que é proveniente da consciência e o que é oriundo de outros setores da psique (como a memória de valores parentais introjetados ou meramente culturais), jamais podes questionar que, enquanto algo for visto como fundamental para a criatura, porque constituinte da voz da consciência, deve indiscutivelmente ser seguido e aplicado.

(Texto recebido em 14 de janeiro de 2005.)

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