pelo espírito Eugênia.

Disseram-no perdido em sua fraqueza, já que, conforme o raciocínio proposto, após ter começado uma “descida de ladeira” ou adentrado o “ponto de não-retorno” – o “tipping point”, como modernamente se chama, em ciência –, não existiria mais salvação para o indivíduo.

Será? Este princípio da ciência realmente se aplica ao caso? Não se trata, de reversa maneira, de uma muito bem elaborada estratégia das trevas, que, por meio de subterfúgios e sofismas, pugnam por obstar o empenho dos embaixadores da Luz, no mundo físico? E a jovem, que se diz bem intencionada, comunicando farpas mesquinhas e malévolas, sem apresentar soluções, como estaria de fato agindo pelo bem, fazendo isso?

Pense duas, dez, vinte vezes, quando cogitar o desespero. Sua atitude tranqüila e quase alegre de agora, portanto, está certíssima. Desesperação é porta de desequilíbrio e o primeiro sinal de loucura, numa mente outrora sensata. Sempre é tempo de recomeçar. Inexoravelmente há formas de se fazer a compensação por erros anteriormente cometidos, através da prática do bem em medida maior ainda.

Por outro lado, invariavelmente há ângulos melhores a serem adotados, para uma avaliação mais profunda de qualquer situação dada, em que a visão desesperada soa como um surto momentâneo de desvario.

Recorde-se, outrossim, que cada criatura é analisada antes em suas defecções que em suas virtudes, no momento de ser escolhida para determinadas tarefas. Assim, a depressão em uns pode fomentar criatividade artística, quanto a tristeza e a culpa, em outros, gerar a busca da transcendência. E, diante desta recordação, congratule-se feliz – você é felizardo, no exato instante da crise, por ter o convite da Luz ao crescimento constante, rumo à paz e à felicidade em níveis progressivamente mais amplos e altos.

E, quanto aos que foram veículos do mal, dizendo-se cheios de boas intenções, a atitude deles, em si, já revela quem são e a quem servem, e, portanto, não merecem atenção, porque só o que importa deve merecer importância. Não leia (muito menos responda a) e-mails de quem costuma enviar veneno eletrônico, nem atenda a telefonemas ou a pessoas que sabe portarem a pecha da maldade. Trate-as com circunspecção e cortesia, mas com segura distância, assim como não permitiria que marginais adentrassem seu círculo doméstico, em nome das boas maneiras e da fraternidade cristã.

Quanto a eles, por fim, as Forças da Vida, pelo automatismo da lei do carma, encarregar-se-ão de lhes dar o corretivo e a resposta apropriados, em tempo. Enquanto isso, continue ocupado de seus afazeres e responsabilidades com o bem e com a sua e a felicidade dos que lhe sofrem a influência, realizando seus intentos de amor, ideal e sabedoria. Porque, prezado amigo, se você está do Lado do Bem, espalhando esclarecimento e conforto, incansavelmente, eles, colocando-se contra, tentando desanimá-lo, do lado de quem estarão?

(Texto psicografado por Benjamin Teixeira, em 19 de junho de 2006. Revisão de Delano Mothé.)