Benjamin Teixeira
pelo espírito 
Temístocles.

Não persiga a utopia – só a realidade existe.

Não ignore a utopia – só ela pode inspirar a melhoria da realidade.

Distinga uma de outra – é o caminho para a lucidez.

Aplique cada uma em sua esfera específica – é a rota da maturidade e da sabedoria.

Em suma: primeiro, enxergue o ideal; depois, perceba que ele é um farol para se navegar no oceano encapelado da realidade e não o próprio oceano, muito menos a embarcação utilizada para se vogar. Mais adiante, trate de mantê-lo continuamente em seu campo visual, para que ele cumpra a função que lhe é própria: orientar navios e barcos menores, e não ser um deles, sobre as águas da vida, as águas de suas escolhas, sobre o mar de infinitas possibilidades de escolhas potenciais.

Não se cobre demais aproximar-se do farol – normalmente, ele não constitui seu destino, mas um farol de cidades (padrões de consciência) que marginam a costa (trajeto evolutivo) por que você tem que trafegar, para atingir sua destinação última (o porto da eternidade). Portanto, divisar a utopia pode já constituir tudo que é necessário para você jornadear com segurança, em vez de se colocar na direção deste ideal – deste farol, em nossa analogia –, que pode estar instalado na menos pitoresca e satisfatória destinação a que você gostaria de chegar neste momento, ou mesmo, talvez ainda mais, em tempos futuros, quando mais esclarecido e humano for.

Como saber isso? (Ou seja: se o farol que você vê está na Cidade Última a que deve se dirigir, ou em outra, secundária, que apenas está no percurso para o seu derradeiro porto?) Consulte a carta náutica de sua consciência, avalie, pelo astrolábio de seus sentimentos e intuições mais elevados, o quanto de fato o farol de ideal que vislumbra corresponde ao que busca; e, então, você terá como concluir, com relativa segurança, para fins práticos no presente, quanto deve se preocupar em se direcionar a ele ou em trafegar paralelamente a ele, em busca de outros faróis… de patamares idílicos ainda indevassáveis à sua atual capacidade de percepção e cognição, mas que você pressente ou sabe existirem, pela consulta judiciosa dos mapas sob suas mãos, na condição de capitão da grande nau de sua existência…

 

(Texto recebido em 9 de janeiro de 2009. Revisão de Delano Mothé.)

 

Convite:

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Equipe Salto Quântico.