Benjamin Teixeira
pelo espírito
Gustavo Henrique.

Compre um pouco de fé, no mercado das reflexões superiores.
Alugue um tanto de paciência, para aprofundar suas meditações.
Terceirize informações e experiências, que lhe enriqueçam a perspectiva do assunto.

E veja no que dará:

O Sol não será uma estrela próxima, a explodir fótons na direção de nosso planeta, mas uma bola de luz e encanto, a extravasar alegria e entusiasmo, para uma natureza luxuriante e espetacular, produzindo e fomentando o milagre da vida, em sua multifacética manifestação.

E se o Sol se transforma deste modo, sob a ótica abençoada da fé, imagine, caro amigo, o que se dá em outros setores da existência. Sob o condão mágico do prisma espiritual, tudo passa a ter propósito, significado e luz, até as trevas mais cerradas da tristeza e da aparente desgraça convertendo-se em permanente graça; e o amor, esta linfa fundamental a tudo permear, passa a ser um hausto contínuo na respiração da criatura.

Fé ou espiritualidade não constitui escolha pessoal, proposta esotérica ou surreal, e sim necessidade dramática do ser humano, como revelam ciências tais quais a psicologia transpessoal, a neuroteologia e a antropologia.

Viver Deus e processos de comunhão com Ele-Ela é viver mais plenamente. Renunciar a esta parte inexorável da vida consciente é descartar, tão-somente, a tinta que colore a existência, a seiva que vitaliza os acontecimentos, e a bússola que dá norte a toda vida…

(Texto recebido em 4 de junho de 2007. Revisão de Delano Mothé.)