Tragado pelas vagas encapeladas das crises existenciais, vês-te convertido em corcel bravio, em meio a pradarias ignotas, cavalgando a esmo, atordoado, desnorteado, desditoso.

Azucrinado por mil azorragues ocultos, desembestas, consternado, rumo às veredas do destino incerto, da desgraça provável, da tristeza já certa…

Notas-te, angustiado, vítima de verdugos invisíveis, e segues, assim, vida afora, qual réprobo revel de sentenças inapeláveis da sorte…

Ante todo o quadro de desgraça aparentemente irreversível que se te descortina à mente, ergue-te agora mesmo, porém, caro amigo, do monturo de cinzas a que te sentes reduzido, e, sem detença, renasce do pó de tuas derrotas, triunfante, qual a fênix mitológica do Egito Antigo.

Não permitas mais soçobrar, ao império medonho das tenazes da morte. Reage, resoluto, e reenceta a jornada interrompida na véspera, sem medo ou desânimo.

Hoje, podes ser náufrago perdido nos oceanos da inconsciência e da impotência. Amanhã, se agires agora com resolução e serenidade, serás laureado como guerreiro imbatível, com o trunfo impagável da paz e da felicidade.

Eustáquio (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
12 de março de 2003