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O “animus” (o masculino dentro da mulher), por detrás da “sombra psicológica” (que aparece com o mesmo sexo da personagem, na experiência imagética do metafórico espelho da mente). Cada camada arquetípica da psique conduz ao nível seguinte de desenvolvimento psicológico e espiritual do ser. Facear os desafios de cada etapa, aprendendo e crescendo com eles, é a chave do processo de “individuação”: tornarmo-nos o nosso melhor, o mais saudável e integrado protótipo de nós mesmos, no atual estágio evolutivo em que nos encontramos. (Nota da Autora Espiritual)

Benjamin Teixeira de Aguiar,
em diálogo com o
Espírito Eugênia.

(Benjamin Teixeira de Aguiar) – Adorável Eugênia, teria algo a nos dizer sobre Sombra Psicológica, neste dia especial em que faremos uma palestra temática sobre o assunto? 

(Espírito Eugênia) – Obviamente, o que tivermos de explanar na preleção, fá-lo-emos lá – para fazermos um pouco de humor, com os “atos falhos” no campo específico dos “lapsos linguísticos” (*1)… neste caso, sem o caráter de inconsciência que lhes é típico, porquanto aqui foi proposital o uso do humor; além do quê, utilizaremos de fato, simbolicamente, o “falo” da decisão, da postura assertiva, ante a plateia aparentemente passiva e feminina, que, em verdade, conosco estará interagindo, em termos de energia e vibrações mentais, ou mesmo diretamente, se for possível, ante as condições de duração das atividades, provocando-nos para que sejam solucionadas pendências ou dirimidas eventuais dúvidas, suscitadas durante a palestra ou já trazidas de casa pelos componentes da ilustre congregação. 

(BTA) – Então, você estará tão ativa assim? Pensei que outros amigos espirituais me secundariam, e apenas em atividade inspirativa, neste trabalho, como Dr. Temístocles e Dr. Demétrius, psiquiatras desencarnados… 

(EE) – Meu filho, estou em sinergia constante com você – este “BBB” contínuo (*2) (risos) faz com que você se esqueça das câmeras mentais ocultas que mantém, psiquicamente, comigo. Mas, sim, o trabalho será pela inspiração. Não haverá incorporação propriamente. Por outro lado, importante destacar que o assunto é intrincado e muito sério em suas implicações, para os que ouvirão sua fala, conclamando-me assim a presença, em virtude da função transdisciplinar e generalista, a mim afeta, de conduzir tarefas que apresentem contornos mais complexos e/ou profundos – conheço, também, psicologia (risos). 

(BTA) – Para o público do nosso site e de todos que lerão, de futuro, esta mensagem-diálogo, quando convertida em livro, deseja ou julga apropriado dissecar algum tópico em particular, dentro deste tema? 

(EE) – “Dissecar” lembra “vivissecar” ou até – por que não? – “autovivissecar-se”… impulso de morte, o matar e o matar-se aplicados construtivamente. Muito bem! (risos) Está bem integrado com sua sombra hoje, para ir falar sobre o tema em público (risos). 

(BTA) – Eugênia, desejo interrogá-la, porque sei que não gosta de tomar a iniciativa, em seu método de ensino. Fiquei um pouco confuso quanto a uma sugestão sua, publicada no primeiro volume de diálogos editados: de que devemos criar, representando a sombra, uma personagem espectral imagética com que interajamos. Para falar de modo bem aberto, acredito que esta seja uma prática perigosa, e que somente seria recomendável a iniciados, já que o ser humano médio da Terra tende a idealizar, filtrar e, portanto, embelezar a sua “sombra”, novamente lançando na própria sombra (a real) aquilo que precisaria ser trabalhado – quiçá degenerando ainda mais o traço rejeitado. Você se dirigiu ao grande público, propondo tal tipo de trabalho com a sombra. Jung não sugeria nada sobre o assunto, pelo que me lembro. Pode nos explicar seus motivos, que sei serem sérios e justos? 

(EE) – Perfeitamente. Jung asseverava, sim, meu querido (*3), que, em certa altura do trabalho psicoterápico-psicoanalítico, a utilização da “imaginação ativa” era indispensável, esclarecendo que, sem ela, ficar-se-ia em processo de abstração exagerada e mera operacionalização de conceitos, no campo intelectual, sem frutos concretos para a integração psicológica, que ele denominava de individuação – o que compreendemos como processos de amadurecimento e evolução do ser. Que todos devem escolher um terapeuta ou um conselheiro espiritual, com quem estabeleçam uma relação aberta o bastante para tratar destas temáticas, entre outras, já o dissemos alhures, e frequentemente pedimos seja isso alvitrado aos nossos discípulos, como você bem o sabe. Logo, estas minhas sugestões, quanto as de qualquer professor, autor ou orador, não devem jamais ser retiradas de contexto: isso constituiria uma falha grave de percepção e interpretação. Foi o que fizeram, respeitadas as devidas proporções, com Nosso Mestre e Senhor Jesus, respigando-se palavras Suas, “ao gosto do freguês”, de conformidade, evidentemente, com interesses pessoais e paixões inconfessáveis.  

A despeito disso, sua interrogação é deveras pertinente. E o que aditaríamos, por provocação sua, ao diálogo sobre a sombra psicológica, recentemente publicado de modo convencional, é o que aqui amiúde propugnamos: que este trabalho com os aspectos sombrios de si seja feito com supervisão profissional. Agradecida por fazer um “link” entre uma e outra sugestões, que, neste caso, não podem ser compreendidas nem aplicadas em separado, sob pena de graves perigos psicológicos e mesmo morais, para a criatura que se aventure no terreno mental, qual se adentrasse um laboratório de química sem o prévio conhecimento dessa ciência. Os riscos aos se lidar com o psíquico ou o espiritual são muito maiores do que os envolvidos em “meras” combinações explosivas de elementos químicos. 

(BTA) – Este tipo de trabalho com a sombra psicológica, então, só pode ser feito com supervisão terapêutica? 

(EE) – Não quisemos dizer que haja simultaneidade de eventos: entre o horário do trabalho com a sombra e o da terapia ou aconselhamento espiritual de qualidade. Os dois ocorrerão, normalmente, em momentos diferenciados. A supervisão indica que o aconselhado ou atendido abrir-se-á integralmente, em relação aos conteúdos de seus exercícios íntimos, com a pessoa eleita para orientá-lo nestes delicadíssimos assuntos d’alma. 

(BTA) – Mais algo a dizer sobre o tema, amada Eugênia? 

(EE) – Não, por ora, amado Benjamin (risos). 

(Diálogo mediúnico travado em 29 de dezembro de 2011.) 

(*1) Conceitos freudianos. 

(*2) Eugênia alude, com bom humor e modéstia, neste comentário, ao fenômeno psicológico curioso verificado em participantes de “reality shows”, que não podem se manter conscientes de que estão sendo filmados ou mesmo ao vivo observados, continuamente. E, de fato, a Preceptora da “dimensão invisível” não só me observa, em regime de assistência relativamente constante (porque Ela se ocupa de diversas tarefas de vulto, podendo, todavia, a qualquer momento que julgue necessário, suspender outros trabalhos, a fim de me dar uma atenção mais detida, conforme a gravidade do que esteja acontecendo comigo e as implicações relacionadas ao interesse da coletividade), como ainda tem poder de interferência em todas as atividades que desenvolvo, respeitando, obviamente, de modo inviolável, meu livre-arbítrio. Tal conexão profunda e quase permanente é característica da sinergia psíquica entretecida entre médiuns de responsabilidades coletivas e seus Mestres do Plano Sublime de Vida, Representantes da “Faixa da Sabedoria”. 

(*3) No terceiro volume de “Cartas (1956-1961)” publicadas, que reúne correspondências do grande mestre suíço de psicologia, permutadas com mentes geniais e comuns, ao tempo de sua última encarnação, há a ideia expendida pela Orientadora Espiritual, que, para o nosso nível de compreensão, não se distrai de nada… nunca… 

(Notas do Médium)


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Se você está fora de Sergipe, pode assistir à palestra de Benjamin Teixeira de Aguiar, ao vivo, aqui mesmo, pelo nosso site, mediante uma colaboração simbólica, destinada à manutenção dos equipamentos utilizados na transmissão via internet (agora também com a opção da tradução simultânea para o inglês). Para acessar-nos, basta que venha até este site, às 18h de domingos, horário de Aracaju (19h, no de Brasília), e siga as instruções aqui dispostas, em postagem específica. (Lembramos que a entrada para a aula presencial é gratuita.)