Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.


Você é dona de casa? Dê de si mesma, no amor que puser na refeição, na arrumação do lar, na limpeza do vestuário.

Trabalha como profissional das lides do sexo? Tente sair da atividade a que se dedica – já que viciosa e injusta –, mas, se permanecer, aja com respeito (o possível em sua circunstância) ao corpo do outro e a seu próprio, entendendo-os como patrimônios de Deus, concedidos provisoriamente a você e a seu parceiro, como veículos orgânicos de manifestação no mundo, para cumprimento de tarefas específicas a que foram designados (*).

Devota-se ao sacerdócio da cura, seja no campo médico, odontológico ou psicoterapêutico? Compreenda seu ofício como dos mais nobres que pode alguém almejar, adotando a postura íntima de quem funciona como médium das Forças da Vida, a favorecer o refazimento das energias e do equilíbrio integral, em seu paciente ou atendido.

Empenha-se nos graves misteres da administração pública? Interprete a sua como a missão de ser um pai ou uma mãe de todos, agindo com pudor e ética, no nível mais alto que seu cargo lhe puder propiciar, com o sentido de consciência e responsabilidade que empregaria na gerência do próprio lar.

É estudante, e se sente, por isso, ainda inútil à máquina de produção e serviço da vida? Aplique-se, com muito critério e denodo, a seus estudos, considerando que seus pais e a sociedade fazem um investimento em seu futuro produtivo; e reserve parte de seu tempo livre a trabalhos voluntários, em que possa dedicar, já agora e com muito proveito – esteja disso certo –, uma parcela de sua energia jovem, em benefício de seus semelhantes.

Seja qual for sua ocupação, prezado companheiro, tenha em mente que, em última análise, é ao Ser Supremo Que você serve, na pessoa dos seus semelhantes, e que é neste espírito de reverência e circunspecção que deve retomar, a cada dia, os afazeres que lhe competem.

Faça isso, e será feliz, bem mais do que imagina, por ora, ser realizável, ainda mesmo no transcurso da existência que agora desfruta.

(Texto psicografado em 8 de agosto de 2007. Revisão de Delano Mothé.)

(*) Somente a magnífica e sapientíssima Eugênia teria a audácia de tocar em assunto tão tabu nos meios religiosos, como a prostituição, com respeito realista ao relativismo, ao perspectivismo, à subjetividade da ótica de cada indivíduo, propelindo toda e qualquer criatura à valorização de si mesma, não importando como esteja ou o que faça no momento. Onde mais ouviríamos ou leríamos recomendação espiritual do gênero, que propõe a reforma íntima, mas, ao mesmo tempo, considera a limitação da alma viciada, que não está ainda em condições de realizar a superação absoluta da falha em que hoje resvala? Mais uma vez, de minha parte, vejo a grande Mestra da Felicidade merecendo a ovação de seus discípulos e seguidores, entre os quais me insiro.

(Nota do Médium)