Não julgue. Antes de concluir negativamente a respeito de alguém ou alguma coisa, procure ouvir a voz da experiência, do tempo e do bom senso.

Amiúde, preconceitos se estabelecem como verdades absolutas, enquanto avaliações súbitas são tidas à conta de fatos indiscutíveis.

As prevenções constituem fator assaz influente e a primeira impressão costuma marcar demasiadamente a psique humana, dificultando-lhe a isenção.

Por sinal, traumas, transtornos e frustrações íntimas são continuamente projetados em terceiros e em eventos externos, distorcendo significativamente as percepções e impedindo, dessarte, uma leitura fidedigna da realidade.

Lembre-se, por outro lado, de que não se deve confundir a função mental de analisar com o ato de condenar e atacar indivíduos, direta ou capciosamente.

Enxergar o mal onde ele exista é bom e mesmo necessário, para que cada um(a) se precate contra seu poder destrutivo. Entretanto, focar prevalentemente o mal, em personalidades, acontecimentos ou situações, indica que o(a) próprio(a) observador(a) está tomado(a) pelas forças da desagregação.

Ademais, você pode um dia se surpreender, ao descobrir naquela criatura que lhe parecia abjeta, vil ou desprezível uma alma muito melhor do que você supunha, quiçá reconhecendo-a como uma pessoa de caráter bem superior ao seu.

Não por acaso asseverou Jesus, certa vez, que prostitutas e publicanos entrariam no Reino dos Céus antes de muitos(as) de Seus(Suas) discípulos(as).¹

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
20 de dezembro de 2005

1. Mateus 21:31.
(Nota da equipe editorial)