Em Sua célebre máxima¹, Nosso Senhor Jesus junge o orar ao vigiar, pois que, sem o estado de prece, facilmente o esforço vígil da consciência converte-se em crítica exacerbada, contra a própria pessoa e seus(suas) irmãos(ãs) em humanidade.

A lucidez precisa se casar à sabedoria. Quem percebe o horror do mal deve igualmente enxergar a luz do bem, a fim de, inclusive, colocá-la em primeiro plano, como meta, foco e prioridade.

Para tanto, é necessário um empenho contínuo por superar a influência viciosa da malícia e do pessimismo que lamentavelmente pervagam o nível médio de percepção e valores dos seres humanos na Terra, ainda predominantemente egoicos, mesquinhos e, em muitos aspectos, malevolentes.

Dessarte, amigo(a), antes de iniciar qualquer processo de análise ou julgamento, seja de si mesmo(a), do próximo, de situações ou de possibilidades futuras, mentalize a Graça, a Abundância e a Infinita Bondade de Deus, na convicção de que tudo acontece a benefício de indivíduos e coletividades, a curto, médio ou longo prazos.

Cabe-lhe, na condição de ser consciente, tão só trabalhar no sentido de atrapalhar menos e favorecer mais os Divinos Desígnios, que catalisam e orquestram o progresso e o bem-estar de todas as criaturas.

Com essa perspectiva, ser-lhe-á possível estabelecer sintonia com a realidade última das coisas, para que então logre fazer avaliações mais apropriadas e justas, sem tanto pecar pelas tão típicas distorções perceptivo-projetivas da mente humana.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
31 de março de 2007

1. “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação” (Mateus 26:41).