O casamento é – ou pelo menos deveria ser – uma expressão lídima da alma. Desnecessário haver convivas em uma festa faustosa, o que inclusive pode indicar um mau prenúncio, se não corresponder ao mundo íntimo dos(as) nubentes.

Quantos matrimônios existem que, espetacularmente realizados, formalizam meras relações de pesadelo a dois(duas)? Enlace conjugal que não tenha começado antes da cerimônia, apenas entre os(as) noivos(as), numa profunda comunhão de princípios, valores e aspirações partilhados, não será verdadeiro nem duradouro.

Jungir interesses sociais, políticos, acadêmicos ou financeiros nunca comporá a fórmula apropriada para relacionamentos satisfatórios, que invariavelmente se baseiam na compensação de vibrações e energias de espírito a espírito.

Por isso, se você almeja uma aliança matrimonial longeva e feliz, lembre-se de que tudo se inicia no imo do seu e do coração de seu(sua) candidato(a) a consorte, de modo que uma eventual solenidade de núpcias, bem como as pessoas presentes à celebração, incluindo o(a) magistrado(a) e o(a) sacerdote(isa) religioso(a) que oficiem o ritual jurídico-espiritual, constituem tão só uma representação simbólica do que já deve ter acontecido entre os cônjuges e Deus.

Somente a Divindade de fato tem poder para perfazer o vínculo esponsalício, com a participação do livre-arbítrio dos(as) integrantes do casal.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
30 de outubro de 2006