Questão 478 de “O Livro dos Espíritos”:
“Há pessoas que, embora animadas de boas intenções, não deixam de ser obsidiadas. Qual o melhor meio de nos livrarmos dos espíritos obsessores?”

Resposta:
“Cansar-lhes a paciência, nenhum valor lhes dar às sugestões, mostrar-lhes que perdem seu tempo. Em vendo que nada conseguem, afastam-se.”

Persista no que você considera essencial, e os(as) agentes das sombras, dentro ou fora de sua mente, capitularão, deixando-o(a) seguir seu caminho.

Se você cede às sugestões do cansaço, da indisciplina, do desânimo, da dúvida, da suspeita em relação a pessoas, logo estará tomado(a) por toda ordem de impulsos destrutivos, comprometendo seu bem-estar íntimo, seu rendimento no trabalho, sua harmonia doméstica e conjugal, sua fé e seu ideal, o equilíbrio e a funcionalidade de sua existência como um todo.

Assim como um dique pode vir abaixo, a partir de frincha minúscula em suas mastodônticas estruturas, rijos e imponentes sistemas de vida podem igualmente ser derribados, em curto espaço de tempo, se o indivíduo permite que vazadouros singelos de descaso e tédio se infiltrem na gigantesca armadura de convicções, valores e propósitos que lhe sejam próprios.

Quando se perceber assediado(a), cercado(a) e bombardeado(a) pelas seduções e pressões do mal, ore com mais fervor, recolha-se para meditar, relaxe por alguns instantes, respire fundo, desabafe com amigos(as), peça socorro a profissionais da psicoterapia ou do aconselhamento. E então retorne às suas atividades rotineiras, com princípios e compromissos revigorados, como se nada houvesse acontecido.

Destarte, não só favorecerá o processamento dos conteúdos internos que lhe espocam à consciência, sendo honesto(a) e respeitoso(a) com seus sentimentos, mas também manter-se-á em guarda, sem abrir brechas às forças da desagregação, contrárias à sua paz e felicidade.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
28 de março de 2006