Benjamin Teixeira

pelo espírito Eustáquio.


A impressão que tens, divisando as circunstâncias que te são ofertadas a analisar, é que a situação não tem saída.

Medita um pouco. Nunca te deixes abalar pelos arranjos conjunturais de um único momento. É possível que, logo mais, muito antes do que imagines e da forma mais surpreendente, a contingência acerba que vives se desfaça em soluções inesperadas.

A Divina Providência tem sempre misteriosos recursos guardados nas “mangas” do destino. Se te dispões a viver o espírito de fé, então, jamais te podes render ao desespero e à desistência do que sabes essencial, pois que, simplesmente, isto constituiria uma bem arrematada manifestação de incoerência.

Olha para trás. Recorda-te das situações bem mais difíceis que te foram dadas a superar. Reporta-te, em pensamento, a tempos ainda mais pretéritos, como os daqueles que viveram o esforço de plantio do ideal, bem antes de ti. E anuirás que se o Senhor ofertou conclusão feliz para aquelas injunções bem mais complicadas, por que não lhe ofertaria agora a bênção da paz e da solução adequada, em tempo oportuno?

Deves saber esperar, enquanto trabalhas. Esperar somente é fuga. Trabalhar tão-somente pode revelar desespero surdo. Conjugue as duas forças, e terás a solução, mais cedo ou mais tarde, para o drama que ora vives.

(Texto recebido em 19 de fevereiro de 2005.)