(Aula com Eugênia – 03.)

Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Abra o seu Evangelho clássico, na passagem do capítulo dezessete, versículos quatorze a vinte do Livro de Mateus. Em seguida, retorne para que eu lhe dê notícia do que pretendi dizer, com este trecho das anotações sinópticas do famigerado evangelista, a respeito de doutrina, de coerência filosófica ou principiológica e pragmatismo, visão científica e objetiva da realidade, entre flexibilidade e tradição. Como fazer a fusão, a conciliação entre o novo e o antigo, para que aproveitemos o melhor de cada circunstância, em função de sua originalidade, mas preservando o imprescindível respeito ao intemporal, que, em toda parte, se manifesta.

“O menino epiléptico

E, quando eles se reuniram ao povo, um homem aproximou-se deles e prostrou-se diante de Jesus, dizendo: ‘Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático e sofre muito: ora cai no fogo, ora na água… Já o apresentei a teus discípulos, mas eles não o puderam curar.’ Respondeu Jesus: ‘Raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco? Até quando hei de aturar-vos? Trazei-mo.’ Jesus ameaçou o demônio e este saiu do menino, que ficou curado na mesma hora.

Então os discípulos lhe perguntaram em particular: ‘Por que não pudemos nós expulsar este demônio?’ Jesus respondeu-lhes: ‘Por causa de vossa falta de fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá; e nada vos será impossível. Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e jejum’.”

Como o amigo pode notar, com facilidade e clareza (*), em considerando as duas ferramentas que o Cristo apresentou para realizações extraordinárias – oração e jejum –, podemos compreender que: tão-só quando se dedica o devido tempo, espaço mental e energia emocional às atividades de busca do Divino (Elemento Transcendente, Permanente, Sagrado, o Antigo, o Tradicional Intemporal a que aludi – a Oração), e, concomitantemente, quando se faz a impreterível aplicação às disciplinas consideradas como justas, necessárias e esperáveis (em determinada época, localidade ou cultura – isso é o novo que varia, o Jejum), um discípulo da verdade logra adquirir poder sobre si mesmo e sobre as forças contrárias à manifestação da vida em sua plenipotência, que favorecem, paradoxalmente, o crescimento, fortalecimento, aprofundamento, complexificação da própria vida, em última análise – ou, pelo menos, é para cumprir este fim que existe o mal, a destrutividade, o vazio: para que a criatura senciente busque, Acima de si, as Potências da Transpessoalidade, Representantes de Deus, que lhe viabilizem, por enxertia psíquica do Sublime em sua natureza limitada, a superação de obstáculos que, d’outra maneira, far-se-iam intransponíveis.

Assim, que façamos, de nossa humanidade, completa escuridão, a fim de que a Luz Divina faça-se, plenamente, através de nós, para o mundo, seja o nosso mundo pessoal ou o daqueles que cruzam destino e caminho conosco, de forma direta ou indireta. A escuridão não é podridão: é vácuo, lacuna psicológica de preconceitos e viciações egóicas, a ser preenchida com a Totalidade de Deus; é a força atrativa do que É, Plenamente, e que, por Sua Natureza Absoluta, dispensa quaisquer referenciais para Ser, portanto (muito pelo contrário: os referenciais do domínio do relativo impedem-Lhe a integral Epifania, conspurcando-A, com elementos residuais do que não-é – o não-Divino, o que pertence ao universo das criaturas, que é pervagado pelo Criador, sem que se O seja).

Logo, quanto maior nossa “ausência” (de ego), maior nosso potencial para canalizar, operacionalizar e gerir, no âmbito externo, quanto em nosso campo íntimo, a Força proveniente do Absoluto, que, em Sua generosidade infinita, concede-nos parcela de Seu Poder, para que desdobremos, paulatinamente, da subjacência para a ação, as sementes de divindade que portamos na interioridade de nós próprios.


(Texto recebido em 28 de abril de 2009. Revisão de Delano Mothé.)


(*) Eugênia, embora pareça caçoar, em verdade estimulava-me a inteligência. Não havia entendido, nem fácil nem claramente, o que Ela passou a esclarecer em seguida. Somente após a breve e profunda explicação da Mestra, é que, com esforço e estado meditativo, compreendi o que Ela pretendia dizer. Eugênia muita vez engana o observador, leitor ou ouvinte menos atento ou percuciente, com a simplicidade do vernáculo utilizado, como quando desbanca a complexa tese do panteísmo (presente em respeitabilíssimas tradições espirituais, sobremaneira do Oriente), no encerramento do penúltimo parágrafo de seu artigo, com a simples assertiva de que estamos em Deus sem sermos Deus, substituindo o panteísmo pela doutrina aparentemente semelhante, mas substancialmente diversa em suas complicadas e profundas implicações: o panenteísmo.

(Nota do Médium)


Convite:

COMO TORNAR SONHOS REALIDADE.

Por que a maior parte das mulheres sonha com príncipes encantados, mas se casa com cafajestes?
Por que, na juventude, homens idealizam o sucesso no bem maior e acabam, com frequência, descambando, na maturidade e na velhice, para o fracasso, na mesquinharia do mal menor?
Por que a maioria das pessoas é honesta, e o percentual maior delas mente, mesmo assim?
Como encontrar o equilíbrio e a maturidade na decência e, ao mesmo tempo, ser realista e proteger-se da malícia e da maldade alheias?
Onde está a escada para o encontro do verdadeiro amor e da realização pessoal completa?
É o que vamos, prezados amigos, estudar neste domingo, 3 de maio de 2009, em nosso encontro domingueiro, garantindo, de minha parte, que tomaremos providências para que possa ter trinta minutos reservados à minha fala exclusiva, por meio psicofônico, ao fim da palestra.
Que Jesus e Nossa Mãe Amantíssima nos guardem e guiem, hoje e por todo o sempre,
Mãe em Cristo, professora humílima, Eugênia.
Aracaju-Andrômeda, 29 de abril de 2009.

Auditório da Sociedade Semear, Rua Vila Cristina, 148, Bairro São José, às 20h de domingos. Primeira visita, sempre cortesia. Mais informações pelo telefone: 3041-4405, ou pelo e-mail: perguntas@saltoquantico.com.br.

Equipe Salto Quântico.