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A Idade Madura, obra de Camille Claudel, Museu de Orsay.


“Julgais que vim trazer paz à Terra? Não, digo-vos, mas separação. Pois, de ora em diante, haverá, numa mesma casa, cinco pessoas divididas, três contra duas, e duas contra três. Estarão divididos: o pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra. E os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa.”

JESUS (Fusão dos Evangelho de Lucas, 12:51-53, e Mateus, 10:34-36)
 
“Quem ama a seu pai ou sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Quem ama seu filho mais do que a Mim, não é digno de Mim.”
JESUS (Mateus, 10:37)

Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito EUGÊNIA.

Claro que os inimigos da Luz têm todos os argumentos “do mundo” para racionalizarem e, por vezes (quando a hipnose do ego e das forças do mal se faz maior, o que, lamentavelmente, é o mais comum na Terra dos dias de hoje), até se sentirem certos, sem culpa, considerando, em contrapartida (como é histórico e “matematicamente” esperável), lunático(a), viciado(a) e até pervertido(a) aquele(a) que se alinhou com as Faixas Mentais da Sabedoria.

Ninguém fica contra as Embaixadas do Céu à toa. Trata-se de resultante final de insidiosa trama obsessiva/auto-obsessiva, que lentamente é tecida e infiltrada no âmago das convicções e automatismos de julgamento de sua vítima, normalmente no correr de anos consecutivos, até que se logre capturar, em sua rede sinistra, a criatura que lhe albergou os alvitres sinistros, ainda que ostentem aparência amável e inofensiva. Por dentro, durante muito tempo, assimilava o(a) incauto(a), como verdades incontestes, sugestões de malícia, suspeita, dúvida e medo.

Por isso, as mentes dos que se desajustam, e se põem contra o Bem Maior, sempre elaboram meios, mesmo que criando cisões em si próprias, para fazê-los sentirem-se em paz com suas escolhas equivocadas. Enlouqueceriam de dor moral se enxergassem com clareza o que fazem consigo e com os que lhes acolhem, macabramente, as postulações mutilantes da espiritualidade, dentro de si mesmos.

Jung asseverou – dando conotação psicológica ao fenômeno que também é espiritual – que, na segunda metade da existência humana, quando o indivíduo de fato amadureceu paralelamente à passagem dos anos no corpo, é natural que sofra uma inclinação a desligar-se (ou ao menos afastar-se significativamente) dos vínculos consanguíneos e dos companheiros de juventude muito fixados a um padrão de valores e ideias mais atreito ao domínio físico de vida, passando a gravitar, de reverso modo e em simultâneo movimento, quase que inexoravelmente, na direção de grupos de afinidade do Espírito. Curiosamente, esta atitude de distanciamento gradativo costuma acontecer, não por parte dos que envidam esforços por conectar-se às camadas da transpessoalidade, mas, sim, por iniciativa daqueles que se entregam às zonas de conforto do descompromisso com a melhoria de sua condição espiritual.

Decerto, há exceções honrosas a essa lei da evolução relativa de indivíduos, tanto no que diz respeito a seus troncos biológicos, quanto no que concerne a contextos sociais de sua origem material. Mas, quase sempre, as exceções são, tão somente, pseudoexceções, porquanto, não raro, esses “pontos fora da reta” compõem o grupo infeliz dos que cedem à tentação de prejudicar seu desenvolvimento psicoespiritual, para preservarem (por regressão emocional e apego antiespiritual) uma harmonia forçada com os que não partilham mais de seu modo de ser e sentir. A queda nesta sedução do mundo é calorosamente aplaudida pelas convenções sociais da comunidade terrena da atualidade (ainda regida pelos vetores do ego). Neste compasso, há personalidades menos amadurecidas que se empenham, a todo custo, por abafar a voz da própria consciência, a lhes gritar que se afastem de conveniências pessoais e moralismos dominantes, que deixem de buscar a aprovação de entes queridos da primeira metade da existência, embora isso possa se assemelhar a um parto ou uma experiência de morte-e-renascimento muito dolorosa.

Jesus foi desprezado por parentes biológicos e por conhecidos de infância e juventude. Tentaram, inclusive, como relatam as anotações dos Evangelhos sinópticos, matá-l’O, quando, iniciada Sua fase pública de Vida, foi pregar a Boa Nova, na cidade de Nazaré, onde fora criado. E, depois d’Ele, todos os autênticos representantes do Alto, em escala menor, vivem esse aparente desastre emocional e/ou relacional, que perfaz, contudo, um sinal de transposição de nível de consciência: quem se afina com patamares de consciência mais elevados perde sintonia, no mesmo ato, com quantos chafurdem na lama pútrida do ego tirânico, do “animal interior” e das vozes despóticas das inteligências do plano “invisível” que lhes estimulam as ilusões de aversão e distorção de opiniões e fatos, a respeito daquele(a) que vivencia o salto evolutivo da transpessoalidade, ainda que embrionariamente – para que não sejam propelidos a esta mesma trilha de ascese, de que tanto pugnam por fugir.

O Cristo-Verbo-Divino, a Voz da Verdade para a Terra, foi muito claro sobre o assunto, em diversas de Suas memoráveis e “escandalosas” Lições – subversivas tão só para os moralistas apegados a externalidades, que não alcançam a autenticidade profunda do processo que os juguianos denominam de “individuação”. Destacamos hoje apenas alguns episódios do texto bíblico, para reflexão geral.

Conforme essas considerações indicam, prezado(a) amigo(a), não faz sentido permitir-se sofrer exacerbadamente, por um evento natural. Separações e mudanças são experiências corriqueiras, nos mecanismos da Vida. Se você cresce e outros não o(a) acompanham (e invariavelmente esse descompasso acontecerá com alguém de suas antigas relações), essa será sua sina.

Se você escolhe prioridades espirituais, enquanto outros permanecem na fixação da sobrevivência e luta por espaço nos esquemas de valor social, no mundo transitório da carne (ainda que eles não se vejam adotando a rota autodestrutiva – é claro!), observe-os irem-se, ao mesmo passo que tantos outros familiares e amigos verdadeiramente sintonizados com seu Espírito, de acordo com seu novo feixe de princípios e prioridades mais refinados e nobres, chegam aos seus caminhos, felicitando-o(a) muito mais que os primeiros liames relacionais.

O perdão proposto pelo Cristo não pactua com transigências no âmbito do essencial, como Ele Mesmo deixou muito explicitado em inúmeras passagens de Sua breve estada na superfície do orbe terrestre. Agir de outro modo – isso sim – constituiria não só um erro, mas um crime de lesa-divindade, porque a pessoa se estará pondo contra a Vontade de Deus para si, expressa nas manifestações idiossincráticas, de ideal e de propósito, que jamais deveriam ser sacrilegamente desrespeitadas, em nome do que quer ou de quem quer que seja, por mais espiritual e justa possa semelhante atitude parecer, em primeiro exame. O primeiro exame é intrinsecamente superficial e falho, pois incompleto. E a voz da maioria, na Terra, continua sendo a da hebetação psíquica, tendente a prender criaturas ao plano do ego e dos instintos animais, castrando-lhes o voo da transcendência.

Os corpos de carne, porém, mesmo dos mais jovens contraditores do Bem, podem, a qualquer instante, ser-lhes surripiados, pelas Potências da Vida… e esses(as) ensandecidos(as) poderão, então, divisar com alguma nitidez o que faziam. Ainda agora, mergulhados(as) no campo físico, provarão reveses em diversas áreas de suas existências, mas sobremaneira no foro íntimo da felicidade e da paz de consciência. Entrementes, prosseguirão atrelados(as) a seus pontos de vista sinistros, como convém ao ego que os(as) governa, quase sempre atribuindo a outros fatores os desastres que padecem e/ou padecerão, em vez de imputarem a origem desta macabra linha de destino às suas próprias decisões. E, ironicamente, julgar-se-ão vitimados(as) por atitudes que eles (elas) mesmos(as) promoveram ou propiciaram acontecer, insufladas em seu mundo interior por agentes das trevas (completamente contrários a seu bem-estar e progresso espiritual), mas pelas quais são inteiramente responsáveis, por haverem absorvido livremente tais sugestões tenebrosas, pela inapelável lei de afinidades – mais uma vez, ela.

(Texto recebido em 5 de junho de 2012.)


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