Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.


“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.” Jesus Cristo (João, 16:12-14)

No segundo século de sua era (nossa era), o Cristianismo era uma religião de minorias oprimidas, dando todos os sinais de estar fadada ao ostracismo, em pouco tempo.

No segundo século de sua existência, as idéias espíritas (como reencarnação, comunicação mediúnica e imortalidade da alma) tomam a mídia, a televisão, o cinema, a literatura…

Podemos, sem malabarismos conceituais, ousar elucubrar, num rápido cotejo do ritmo de avanço dos dois movimentos civilizatórios: se, em 150 anos, o Espiritismo cresceu ao tamanho respeitável de influência que adquiriu até a presente data, que estará acontecendo à altura da comemoração dos seus 2000 de existência no planeta?

Cuidemos, entretanto, pois que, assim como o Cristianismo foi falseado em seus princípios simples, o Espiritismo também o foi e poderá ser ainda mais.

Todavia, nesta era, em que tudo converge para melhor, e a humanidade galga um novo patamar de consciência, de lucidez, de altruísmo (ou não sobreviverá no plano físico do orbe), o Cristianismo e o Espiritismo, como camadas de uma mesma realidade indivisa, prosperarão, “em espírito e verdade”, como nos prometeu Nosso Senhor Jesus, ao profetizar, ante seus discípulos mais chegados, pouco antes de ser executado: “Enviar-vos-ei o Paráclito, o Espírito da Verdade, que vos lembrará o que vos disse e vos ensinará o que não pude.”

(Texto recebido em 16 de abril de 2007. Revisão de Delano Mothé.)

(*) Há exatos 150 anos, no dia 18 de abril de 1857, foi publicada a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, considerado a obra basilar do Espiritismo na Terra.

(Nota do Médium)