Revê, alma boa e decente, teus postulados de fé, teus valores e tua conduta. Não precisas te expores e doares tanto de ti própria, para seguires quites com tua consciência.

Amiúde, corações de boa vontade inferem, erroneamente, de uma circunstância de crise, que devem dar mais de si mesmos para solucionar a situação de impasse, em vez de pararem a refletir: 1) se estão dando corretamente, 2) se estão ofertando de fato o que devem doar e 3) se o fazem às pessoas e causas certas.

És mãe ou pai extremosa(o)? Ouve e atende ao canto lamuriento de teus rebentos, mas, vez que outra, deixa que eles aprendam, com a própria dor, a se levantarem e a satisfazerem as necessidades que lhes dizem respeito.

Já fizeste de tudo, no ambiente profissional, para prestar maiores contributos à organização que te absorve os esforços de homem (mulher) de bem, e, mesmo assim, não és devidamente valorizado(a), nem te permitem trabalhar e servir quanto e como gostarias? Se não podes de pronto mudar de emprego ou abrir o próprio negócio (ou mesmo te planejares para tanto), procura uma instituição sem fins lucrativos e oferece-te como voluntário(a) – ainda enquanto preparas a guinada na vida profissional. Talvez, ironicamente, nesta atividade, que não te rende proventos, venhas a encontrar o mais importante na condição humana: a realização pessoal.

Dás o que tens de melhor a teu cônjuge, e não obténs a compensação que seria de esperar, em termos de equanimidade, justiça e carinho? Reavalia se deves investir ainda nesta relação esponsalícia ou se é o momento de começares a cogitação do fim dos elos afetivos com a pessoa a quem estás enlaçado(a) psicossexualmente, na jornada gradativa para um novo relacionamento romântico-sexual. Se não, ao menos busca o alimento espiritual do amor (imprescindível à saúde mental) entre amigos, familiares ou companheiros de ideal.

Seja qual for o turbilhão em que te encontres, não te desesperes jamais, nem tampouco te acomodes ao amesquinhamento do campo de teus sentimentos ou a um processo de mediocrização de teus projetos de felicidade – um rebaixamento não razoável e/ou não digno de teus planos de vida.

Lógico que não deves aguardar contos de fada ou ideais utópicos de ventura na Terra, em nenhum âmbito de tua existência. Mas um mínimo de satisfação íntima e sentimento de dever cumprido são indispensáveis, se almejas seguir a consciência e colocar-te (e manter-te) no Fluxo da Divina Vontade.

Eugênia-Aspásia (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
18 de janeiro de 2012