Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eustáquio.


Tua mente, teu refúgio.
Aprende a isolar-te, no imo de teu cérebro, sempre que as circunstâncias ficarem críticas. Na hora do turbilhão, a serenidade deve ser teu norte, a fim de que possas, inclusive, enxergar com clareza e deliberar com segurança. O distanciamento estratégico do que se observa, promove a suficiente isenção, para uma análise precisa de terreno e uma decisão judiciosa quanto ao que fazer, ante a contingência grave e à necessidade de reação inadiável.

Jamais te confies a posturas acomodatícias, em que a rendição de guarda propicie a aluvião das paixões. Em meio à tempestade, mantém-te de pé, ainda que protegido, para que não atraias os raios mortíferos da borrasca. Deitar-te, todavia, no chão das conjunturas do momento, em meio ao aguaceiro imenso das adversidades em pico, equivaleria a sentença de suicídio sutil, já que estarias favorecendo seres arrastado de roldão, pelas águas da crise, em torrentes intensas.

Se te sentes, assim, amigo da paz, estarás sempre seguro, por mais angustiosa ou terrível a situação, porque saberás reverter cada quadro no melhor possível, agraciado como estarás com o raciocínio eficiente e as percepções precisas. Quem jaz consternado, reproduz panoramas mentais pouco fidedignos com o que vai fora de seu psiquismo.

Sendo assim, foge à intempestividade que te conturba a lucidez e te retrai os potenciais de avaliação e ação, e aproxima-te, confiante e resoluto, de toda iniciativa de serenidade e paz, porque somente por meio delas encontrarás solução efetiva para todos os problemas.

(Texto recebido em 16 de janeiro de 2005.)