(Diálogo mediúnico sobre acidentes de trânsito repetidos em curto espaço de tempo.)

Benjamin Teixeira,
em diálogo com o espíri
to Eugênia.

 

(Benjamin) – Uma senhora responsável e decente bateu o carro já três vezes, neste ano, sobretudo depois que adquiriu um veículo novo. Ficou agradecida a Deus, com o resultado do último sinistro, ocorrido recentemente, porque ninguém se machucou. Todavia, sendo de classe média e assoberbada de compromissos familiares e pessoais, naturalmente sofre muito com o prejuízo financeiro. Por outro lado, procurou-nos, confusa, sem entender o propósito desses sucessivos acidentes, em tão curto espaço de tempo. Intuí que esta questão deveria ser levada até você, Eugênia. Estou certo? Seria excessivo pedir-lhe algum parecer, em torno da temática?

 

(Eugênia) – De modo algum, há excesso. A intuição que lhe veio à mente foi eco psíquico de minha própria sugestão de parlamentar um pouco sobre o assunto. Podemos-lhe adiantar que ela deve considerar três questões:

1) Ela tem estado em falta com suas práticas espirituais?

2) Ela tem permitido que as pessoas colidam com seus interesses, pondo sua vida (seu propósito na Terra) em risco? Esta costuma ser uma metáfora implicada nos acidentes automobilísticos.

Por fim:

3) Ela pode estar recebendo o prêmio de uma alteração substancial de conteúdo cármico, exatamente por estar muito bem espiritualmente; e, por conseguinte, fazendo por merecer a permuta de uma perda grave ou de sério acidente de percurso existencial, por outro, bem menor, mais leve, mais suave. Assim, um desastre de muito maiores proporções (e implicações: como o legado de seqüelas orgânicas irreversíveis ou mesmo o desencarne dela ou de um dos entes queridos) poderia ter acontecido, tendo sido, em vez disso, substituído por um significativamente menos lesivo.

Diríamos que um pouco das três possibilidades interpretativas ou causas plausíveis são válidas, simultaneamente, para o caso em foco. 

(Benjamin) – Mesmo com relação ao primeiro item que enumerou, Eugênia?

(Eugênia) – Sim. As marcas da vida deixaram, no inconsciente de nossa companheira, sulcos profundos de negatividade, que devem ser revertidos, permutados por outros, prenhes de otimismo, esperança, confiança no amanhã. A técnica de visualizar, diariamente, a Luz Divina, em Que se lancem todos os problemas, ansiedades, angústias, e a concentração-meditação no aspecto Infinita Bondade de Deus, que Esta Luz representa, constituem uma excelente proposição de hábito que alvitramos seja estabelecido por sua interlocutora, prontamente, propondo-lhe, enfaticamente, a inamovível firmeza em manter tal prática salvadora e transformadora de corações e existências.

(Benjamin) – Desculpe-me intervir com outro tópico; mas, como temos intenção de tornar este diálogo coletivo – pela importância do conteúdo, que julgamos elevada e de interesse geral –, um alerta para uma eventual atitude imprevidente no trânsito não poderia constituir um quarto item? A condução intempestiva de um veículo (de quatro ou duas rodas) não seria boa causa para um hipotético acidente?

(Eugênia) – Este tópico é por demais óbvio, para que o incluamos neste estudo sintético. Ser mais prudente no trânsito, quando se é afoito e se começa a sofrer uma série de sinistros, é demasiado evidente, para que o explicitemos neste estudo, que mais tem por fim explicitar o que um adulto padrão da Terra de hoje poderia olvidar ou mesmo desconhecer.

 

(Diálogo mediúnico travado em 7 de setembro de 2008. Revisão de Delano Mothé.)