Benjamin de Aguiar,
pelos Espíritos
Temístocles e Eugênia.

Transformações não acontecem repentinamente, em nenhum âmbito da vida, qual ocorrem em revoluções históricas (que têm complexa etiologia a se perder nos séculos) ou no crescimento biológico do ser humano (que não salta da infância para a adultidade, sem os tormentos de transição da adolescência).

Inobstante essa óbvia constatação, é difícil encontrarmos um indivíduo que, intimamente, não se desgaste – estressando, por conseguinte, os semelhantes que lhe padeçam a órbita de influência pessoal – com a pretensa “lentidão” das mudanças em suas existências, em diversos sentidos consideradas. Projetam programas espetaculares de modificação abrupta (interior ou externa), apenas para se quedarem ainda mais frustrados, fracasso empós fracasso.

Proporei aqui duas soluções simples, práticas, mas que exigirão grande esforço psicológico para ser aplicadas, no dia a dia, embora possam constituir – qualquer uma das duas – fabuloso fator de alívio e, mormente, de resolutividade.

Agende e promova 1% de melhoria por dia, em algum departamento, ou em vários, caso se sinta em condições para o exercício da multiatenção em questão tão delicada, que mais deve ser encarada como flancos de batalha do que como focos de atenção – e não é nada recomendável, em logística de guerra, abrirem-se mais de três frentes simultâneas de combate, mesmo quando se tenha contingente militar poderoso na retaguarda para tanto, e ainda que a “linha oposta” seja nitidamente inferior a nossos potenciais de reserva, ou seja: as condições de luta e contra-ataque do(s) inimigo(s) alvejados, que, nesse caso, só para complicar ainda mais o assunto já tão intrincado, não deve(m) nem pode(m) ser derrotado(s) ou eliminado(s) propriamente, porque, mesmo que se trate de uma mudança externa, esta inclui elementos íntimos, que precisam ser educados, transmutados, sublimados, canalizados construtivamente, sob pena de mergulharem no inconsciente e retornarem piorados, explodindo, como é habitual, nas circunstâncias “menos próprias”, querendo dizer: as de maior vulnerabilidade e exposição para a pessoa. E ninguém deseja tal resultado, é claro! Portanto, seja modesto, abra poucos fronts, realize tarefas de burilamento pessoal por etapas, sem pretensões exageradas sobre si próprio.

Julga demasiada ainda a propugnação de mudança de 1% ao dia? Ok. Passemos, então, à nossa segunda proposta: propicie-se uma lapidação e/ou edificação (interna ou exterior) de 1% por semana. Parece-lhe difícil manter este padrão? Claro que não – dirá você. Mas seja rigoroso no cômputo dos resultados, empenhando-se por mantê-los, e se surpreenderá com os prodígios de mudança que operará em si e à sua volta. Como? – diria você – essa proposta é modesta demais!… Este é o problema geral dos transformadores de Réveillon: não se conhecem, prometem o que não podem cumprir – isto é: o que não tem sustentabilidade – e, em poucas semanas, se não em dias, veem-se naufragar com suas listas de mudanças radicais.

O projeto de mudança de 1% por semana, quando seguido com fidelidade, considerando que um ano tem 52 semanas aproximadas e que o percentual de melhora será composto no percentual singular das semanas seguintes, leva a um desenvolvimento de 70% ou mais, conforme as naturais subjetividades envolvidas no processo… isso tudo, como ficou implicado na minha fala agora: no espaço de, tão só, um ano!

(Texto recebido em 28 de março de 2011. Revisado por Eugênia, em 29 de março de 2011.)


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