O grande dilema na busca da felicidade, para o tão estreito padrão médio de “despertar” da consciência terrícola, reside basicamente na interpretação infantil que se faz dos eventos da existência, do que seja o ser humano e de como se pode encontrar a plenitude, dentro da condição evolutiva em que se esteja.

Primeiramente, a bem-aventurança é consequência de se viver a realização profunda da alma, seguindo-se, quanto possível, a vocação, que é ditada pela voz da consciência, do trabalho e do estudo continuados, do serviço ao próximo e da autossuperação, rumo à transcendência do ego e de todos os apegos materiais.

Por outro lado, cada pessoa deve respeitar o primado do pragmatismo e da sensatez, para que não se exija algo incompatível com sua faixa de expansão consciencial em determinado estágio evolucional e assim, ainda que movida pelas melhores intenções conscientes, não acabe por castrar a própria psique com violências perpetradas contra a totalidade do ser, cuja multidimensionalidade inclui certas contingências do mundo físico e animal, sobremaneira durante períodos reencarnatórios.

Em segundo plano, é de visceral importância compreender-se que a ventura não constitui um quadro permanente de bem-estar emocional e satisfação dos sentidos.

Para a criatura alcançar o estado de felicidade que lhe seja exequível, em dado momento de sua história ascensional em direção à eternidade, são-lhe imprescindíveis a disciplina dos sentimentos e da conduta, o sacrifício dos caprichos da personalidade, o esforço constante de autoburilamento e a sabedoria de aplicar, com bom senso, os novos conhecimentos adquiridos, seja por experiência própria ou pelo aprendizado que possa extrair de vivências partilhadas por terceiros, não importando se mais ou menos adiantados na espiral evolutiva do espírito.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
19 de janeiro de 2014

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