Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Tudo na vida tem um porquê, e isso é dito como um bordão vernacular. Entrementes, gostaríamos de expender alguns conceitos, em torno deste axioma popular.

Existem muitas linhas de significação, para cada ocorrência do cotidiano. Ou seja: há múltiplas dimensões de causação, finalidade e conteúdo, em cada fenômeno encontradiço no dia a dia. Quando pretendermos entender alguma coisa, alguma pessoa, algum processo, desdenhemos das perspectivas unilateralistas, exclusivistas, necessariamente errôneas – ao menos por incompletas – e concentremos todos os esforços no sentido de, dentro do possível, adotar o maior número de ângulos de observação, concomitantemente, para que então tenhamos uma apreensão de conjunto mais próxima do que de fato o “objeto” observado é.

Eis que, por exemplo, os estudiosos de psicologia avançada fazem alusão aos “coex’s”, sigla inglesa para: “experiências condensadas”. Um coex’s se manifesta de diversas formas: num trauma intra-uterino, num trauma peri-natal, num trauma infantil, adolescente ou mesmo na vida adulta. Um coex’s pode provir inclusive de experiências angustiosas e conflitivas de pregressas existências. Cada escola de psicologia remete a uma dessas dimensões da realidade, a uma fatia do fenômeno completo (necessariamente holossomático) do coex’s, o padrão que se manifesta de múltiplas formas.

Quando você for abordar qualquer problemática que seja, recorde-se: existe um porquê e um para quê para cada coisa, causas e finalidades a serem levantadas, como os porquês econômicos, sociais, políticos, os religiosos-filosóficos e os filosóficos-espirituais. Ao encontrarmos esses múltiplos estratos ou esses diversos níveis da realidade humana, lembremos não só de que todas as expressões da realidade devem ser ventiladas, como que existe um certo seqüenciamento de valor, uma hierarquia organizacional nessas camadas da realidade, devendo colocar, em primeiro plano, os aspectos ou valores espirituais, que, para simplificar, chamemos aqui de elementos evolutivos. Deste modo, para atingir mais diretamente a essência de alguma crise existencial, considere, sobremaneira, quais os aspectos de aprendizado que pode ela ter, para que você extraia o núcleo figadal da experiência, fazendo, com isso, com que a crise se dissipe mais fácil e rapidamente. A crise é mais intensa, ou mais profunda, ou recorrente, quanto o indivíduo ou os indivíduos envolvidos no processo forem mais resistentes em alcançar e em incorporar a lição que lhe subjaz.

Compreendamos isso e teremos já eliminados, senão ao menos abrandados, muitos sofrimentos que, de outra forma, seriam mais prolongados e quiçá intensificados.

(Mensagem recebida, psicofonicamente, pelo médium Benjamin Teixeira, em 20 de julho de 2004, em reunião mediúnica fechada do Salto Quântico, gravada e transcrita por Paulo Ricardo Feitosa.)