Benjamin Teixeira de Aguiar,
pelo
Espírito Eugênia.

Teu coração cambaleia, exausto, pela incompreensão de muitos, mesmo enquanto te devotas a infatigável serviço fraterno, dia sobre dia, ano sobre ano…

Recorda-te de que, se te encontras no limite do suportável, Deus e Seus Representantes também o notam; e, quem sabe(?), por isso mesmo, não esteja próximo o fim de teu martírio? Lembra-te de que estás na Terra por tempo limitado (seja de décadas ou dias), e de que, num porvir talvez mais breve do que pensas, a alvorada da libertação te pode acontecer, luzidia de esperanças, flores espirituais e perfumes miríficos, variegados.

Faze hoje o que está em teu alcance, como tens feito, há tanto tempo, sem parar jamais, mesmo que trabalhando contra todas as marés dos movimentos convencionais – mas a favor do futuro, que lentamente chega e oferece fortes indícios, na mídia e na fala douta dos formadores de opinião, pois que sempre falaste em Nome dos Que realmente orientam a Humanidade. Deixa que a ingratidão daqueles que jazem enlouquecidos na malícia sem sentido corra por conta própria, a prejuízo de seus autores.

Enquanto isso, ora e repousa sobre tua consciência em paz. Combateste o bom combate. Tens o direito de prosseguir por um tempo mais, porquanto estás chancelado, pelas Alturas, a tomar esta decisão; ou, então, se realmente a circunstância não se reverter, podes igualmente escolher o retorno, feliz e tranquilo, ao aconchego dos teus iguais, que te amam e te aguardam o regresso.

Observam-te com suspeita, quando abres a porta do Éden, com teu coração devoto, persistentemente (porque não precisarias fazê-lo, não és obrigado a fazê-lo, e dói-te fazê-lo, em meio a tanta mesquinharia), em manifestações singulares de Seus Maiores, salvando a muitos, de tantos e contínuos modos, no correr de decênios sucessivos de serviço ao bem comum. Entrementes, prosseguem, assim mesmo, a lançar-te farpas de inveja, ódio e toda sorte de sentimentos inconfessáveis, quando deveriam estar agradecidos.

Isso é a Terra, sabemos nós e você, mas também é certo que não estás jungido a ela, compulsoriamente, não mais “a esta altura do campeonato”. Não tens o carma irrevogável de chegares à senectude do corpo. Já fizeste o essencial, e podes delegar a continuidade da Obra a terceiros.

Eles não têm ideia (embora alguns vislumbrem-no) de que aí te manténs por decisão própria, e que podes, tão só (resgatado, como está, o teu débito com a multidão), voltar para Casa, a qualquer momento. Só acreditariam se testemunhassem o evento; e, então, chorariam lágrimas amargas de remorsos fora de hora, por uma situação sem volta, e por um vazio que não terão como reparar, na atual existência física que desfrutam, tendo que facear provações bem mais difíceis, sem tua presença a lhes facilitar a caminhada de mil modos que não percebem e nem de longe imaginam poder estar acontecendo… Um substituto não virá agora. Somente em gerações futuras, para tarefas diferentes, para necessidades do porvir. Tu és o tarefeiro talhado ao que realizas, e lançam pedras à fonte de onde bebem a linfa que os faz fortalecidos, animados e guiados a seguir, em meio aos tropeços desse mundo de provas…

Ensinas a amabilidade, para que possam ascender a domínios vibratórios mais altos, e, nos agradecimentos, nas desculpas (amiúde dispensáveis), nos elogios fartos (para nutrires de estima quem segue carente de reconhecimento), justamente neste manancial de amor desinteressado, veem-te com mais acerada reserva, maldosos, suspeitosos…

Sabemos que é difícil, camarada do Bem, mas, se te é possível seguir mais alguns dias, prossegue, porque muitos encarnados ainda precisam de tua presença, a lhes propiciar a Fala do Plano Sublime, como em nenhum outro lugar tem esta Voz Se manifestado, com a sabedoria, atualidade, espontaneidade, amor e despojamento de preconceitos, exatamente como (e tão somente assim) poderiam Se exprimir as Faixas mais Altas de Consciência…

Todavia, não te apoquentes com a injustiça ininterrupta que te fatiga e te põe no ponto de saturação, cônscio de que, depois de um certo tempo em que as maravilhas transbordam de formas variadas nas vidas de muitos, com a aridez constante dada como resposta, o Céu pode bradar um “Basta!”, determinando, com isso, que Seu representante encarnado volte à Morada espiritual d’Onde proveio, para a ventura e o repouso merecidos, no paradoxal trabalho intenso que se desdobra nas Esferas Superiores, mas um trabalho realizado entre os que se amam, sem a descompensação permanente a que são submetidos os legítimos vanguardeiros da Luz Divina, neste mundo ainda toldado de sombras… as sombras da ignorância e do desamor…

Aguarda, confiante… aguarda, amigo… Observamos-te, em prece. Em prece contigo estamos, juntos, para sempre, e talvez mais aprochegados, em breve. Não és obrigado a ficar, não és!… Então, fica, se quiseres: desobrigado estás de permanecer, porque, depois de tanto tempo sorrindo (e desdenhado no esforço de sorrir, qual se fosses um simulacro de Espiritualidade genuína), ou esbravejando em nome das Autoridades do Céu, nas repreensões justas a teus tutelados, que te são devidas (e praguejado em retribuição), não mais precisas te martirizar. A época dos martírios já passou. Não te deves submeter ao que não sentires razoável suportar.

Observando-te tranquilo, nem de longe intuem que estás assim pela perspectiva de contemplar, serenamente, as escolhas que tens à mão… Não divisam que a prisão do corpo físico (que para muitos é deliciosa) só não se te afigura horrenda, por saberes poder voltar, a qualquer hora… bastando apenas que no-lo peças… E prontamente te desvencilharemos da matéria densa que te oprime, em meio ao marnel do desvario humano da Terra de hoje. Provas? Eles já tiveram todas que poderiam ser oferecidas, até as matemáticas! Manifestações de afeto e indulgência? Mais do que lhes deste, impossível, visto que se tornaria viciosa a atitude, descaracterizando a tolerância construtiva e o perdão fraterno, para posturas acomodatícias e coniventes com o mal.

Descansa em paz, ora conosco, partilhando por um tempo o padrão de onda mental da Espiritualidade Amiga, e, logo depois, enfrenta as feras dissimuladas que te procuram vibratoriamente, próximas ou à distância, ofertando-lhes o bálsamo do esclarecimento e do conforto, mais uma vez, porquanto, talvez, seja das últimas oportunidades em que isso farás, encapsulado no vaso de carne. Esse pandemônio, amigo, dos que gritam para dentro e para ti, ocultamente, para não admitirem a dor imensa de uma culpa que não suportariam jamais, pode cessar, pode cessar mesmo, a qualquer tempo!…

Nós te receberemos, de braços abertos: fica disso certo! Basta que no-lo (teu desejo final) comuniques… O que queres, meu filho? Como vão responder os que devem te auxiliar, com esta nossa fala? No entanto, amado, não importando como venham a reagir, bem ou mal, mantém em mente que não precisas pagar pela culpa e negligência, pela incoerência e inconsciência dos outros. Fizeste tua parte obrigatória de serviço, nesta encarnação: sente-te, agora, livre para a opção que melhor te aprouver.

(Texto recebido em 15 de janeiro de 2012.)


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