Participante: Profa. Dra. Leilane Ramos


Minha tão amada filha do coração Leilane:

Que Nossa Mãe Maior Maria Cristo a abençoe, hoje e sempre; que Ela nos ilumine a todos(as)!

Agradecida pela oportunidade que me foi descortinada, pela Divina Providência, de uma comunicação mais direta com seu coração devoto e zeloso.

Primeiramente, gostaria de parabenizá-la pelos novos esforços havidos no campo das práticas oracionais, utilizando ferramentas entrelaçadas, no intuito de potencializar a concentração, sobremaneira nos últimos dez dias, aproximadamente, no que tange, em particular, à utilização de métodos “discursivos” ou quiçá diríamos “linguísticos”, como a repetição “mântrica” de palavras-chave, frases-chave e mesmo orações recitadas.

A música, como canto singelo e solitário, intensificou-se nesse mesmo período, como um dos instrumentais para maximizar o foco da mente e elevar a “vibração” dos sentimentos devocionais, durante seus momentos diários de prece e meditação, bem como nas duas últimas sessões de recolhimento da “reunião mediúnica” (ou de preces, basicamente, realizadas à distância, neste período de pandemia) de que você participa, em nossa Casa-Causa.

A tão estimada filha de minh’alma estava considerando como que uma profanação dos instantes sagrados de meditação e oração, por notar um certo tom de ludicidade, de satisfação do espírito, nessas práticas livres e, por assim dizer, alegres. Eis o motivo de vir aqui congratulá-la pelas experimentações felizes. Por que não poderia haver júbilo no ato, por excelência, de regozijo da consciência, ensaiando a transcendência?

Por outro lado, a despeito do surpreendente (para sua perspectiva) êxito no exercício das diversas disciplinas espirituais, mormente em considerando, como cogitou, estarmos imersos(as) numa época de crise global de pandemia e correlato pandemônio polifacético (no âmbito social, político, econômico, acadêmico etc.), notava-se (assim se julgava) em queda “vibratória”, na esfera das relações interpessoais, fossem em contatos presenciais ou à distância, nesse mesmo interlúdio de uma para duas semanas.

A amiga não se sentia propriamente rude, mas presumia-se internamente amarga e menos afetuosa com seus(suas) irmãos(ãs) em humanidade, e por isso se condenava intimamente, pelo que supunha ser falta de sentimentos fraternos – uma autocobrança que se fez mais acentuada, inclusive, pelo contraste que havia com seu diapasão venturoso, nos momentos de recolhimento a que aludimos acima.

Apesar de fases de boas experiências espirituais frequentemente desdobraram-se em melhoria nas interações humanas, o inverso, não raro, se dá igualmente, por uma espécie de choque psicoespiritual que pode ser exacerbado, em virtude da disparidade que se estabelece entre as frequências psíquicas das almas com quem partilhamos nossos mais subidos propósitos de reverência e aquel’outras atinentes ao padrão médio de intenções e valores das pessoas encarnadas na Terra dos dias que correm. Essa ambiguidade dolorosa foi magistralmente exarada na máxima do Cristo Verbo da Verdade: “O(a) cristão(ã) está no mundo, sem ser do mundo”.

Por fim, destacamos o tópico de a senhora, a despeito dos reiterados elogios do porta-voz a seu desempenho na equipe de seleção de perguntas que a ele são dirigidas ao vivo (em suas palestras), ter-se considerado meticulosa, rígida ou “acadêmica” demais, não só no trato com as questões formuladas pelo público, mas também na sua relação com os dois outros irmãos em Ideal com quem divide a tarefa. Um sentimento que, de modo algum, refletia-se em seu diálogo com eles, mas que intimamente lhe estava tão forte, que chegou a especular estar perceptível a ambos.

Posso afiançar, com toda ênfase, que a irmã-filha não estava menos polida com seus companheiros de trabalho devocional e tampouco minuciosa em excesso, na imprescindível e criteriosa análise das indagações e provocações temáticas enviadas no transcurso das preleções, arguições essas que de fato demandam judiciosa observação, antes que sejam encaminhadas a nosso canal e representante encarnado, durante suas atividades discursivas perante a multidão.

Sem mais a dizer por ora, confiando-a e todos(as) os(as) seus(suas) amados(as) à Tutela de Nossa Mãe Maior, Maria Cristo,
Sua mãe e orientadora espiritual,
Eugênia-Aspásia.
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar.

Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA,
22 de agosto de 2020.