Pecado, redenção e felicidade

Saber-se pecador(a) ou falível é um princípio básico de lucidez, de autoconsciência.

Não se deve entregar a criatura, entrementes, à autocomplacência da rendição à queda e, muito menos, ao desfrute dos odores fétidos do mal: isso equivale a sintonizar-se com os vetores do caos, fazendo-se vítima e – concomitante, inelutável e paradoxalmente – agente dessas mesmas forças da desagregação.

O genuíno processo do despertar espiritual engloba tanto o movimento de se perceber falho(a) quanto o esforço paralelo e contínuo por errar menos e acertar mais, ad infinitum.

E, para quem se julga indigno(a) desse sagrado empenho na busca pela ascese, cabe o severo alerta: reconhecer não merecer não implica não se abrir a receber, porque, fechando-se à Graça Divina, o ser humano – de maneira, em última análise, blasfema – não está admitindo que a Misericórdia de Deus é Infinita.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
LaGrange, Nova York, EUA
5 de dezembro de 2021