Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eustáquio.

Prezado companheiro:

Distingue-te, com amor, daqueles que te não compreendem o modo de ser. Assim, ao reverso de te nivelares na angústia e desnorteamento deles, ora mais, entrega-te a Deus, e segue, fazendo o bem, ininterruptamente.

Quem ataca está enfurecido, e, fora da razão, age como um revel da sorte, atraindo toda natureza de problema para si. Não te coloques no mesmo plano de consciência, se não quiseres resultados equivalentes de caos e de perturbação em teus próprios caminhos.

Amar é preciso, sempre, ainda que não te julgues nem mesmo seja possível aproximares-te dos que se posicionam como teus inimigos. Assim, se eles não serão os beneficiados pelo teu amor, outros serão, e, provavelmente, muito mais merecedores, além de, provavelmente, serem psicotipos melhores, a tratarem-no de forma mais justa e grata. Portanto, quem perde são eles. Se, porém, amarguras-te por eles, tu és o que perde, já que eles agem no nível de entendimento que lhes é próprio, enquanto tu te dispões a agir conforme os princípios de um patamar abaixo de teu estágio de maturidade.

“Deus escreve certo por linhas tortas”, reza, com acerto, o aforismo popular, pelo fato de a capacidade de análise humana costuma estar normalmente bem aquém do indispensável a compreender os desígnios divinos, em certas conjunturas complexas da existência. Confia, sendo assim, no Todo Poderoso, sempre que não lograres apreender, de pronto e completamente, Seus Sagrados Propósitos, e faz tudo a teu alcance, por seres justo e correto até as últimas conseqüências. E se, enquanto assim te empenhas, eles preferirem se ver como vítimas, para se protegerem da culpa, perdoa-os e apieda-te deles ainda mais, porque sabes que as conseqüências na vida deles serão ainda piores, já que, não assimilando a lição que se lhes faz indispensável absorver, ofertada pela crise que atravessam, pedem, inconscientemente, às Forças da Vida, provações ainda maiores.

Quanto a ti, reforço-te: prossegue em teu trabalho de amor e serviço ao próximo. O bem é sempre a maior moeda da felicidade; e se, como disse Pedro, o Apóstolo, “o amor cobre a multidão dos pecados”, podemos, com segurança, asseverar, parafraseando-o, que é, outrossim, indubitavelmente, o maior passaporte para o céu da consciência em paz e das intransferíveis e inenarráveis sensações de plenitude e de alinhamento com o Divino, para que os que sabem estar sempre fazendo o seu melhor.

(Texto recebido em 1º de setembro de 2005.)