Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito EUGÊNIA.

Sua mente rodopia, no ritmo sinistro da desagregação.

Alguém o(a) agrediu injustamente, e você não pôde se defender – o ódio fulminou-o(a).

O chefe o(a) oprimiu, humilhando-o(a) diante de terceiros, e a sensação de impotência acachapou-lhe o coração.

O cônjuge inconsequente age com dureza e ingratidão, e você sente o peito despedaçar-se em mil pedaços.

A turba insana o(a) vê com maus olhos, interpretando negativamente seus atos mais nobres, subestimando-lhe o valor moral, reduzindo sua autoestima a frangalhos.

Seus sonhos demoram, irrealizados, angustiando-lhe a alma cheia de expectativas não atendidas.

A família é rude. O funcionário é odiento. A crise econômica o(a) constringe. As dívidas o(a) aturdem. O medo do futuro o(a) assombra de mil modos, num mundo cada vez mais concorrido e aparentemente mais frio.

Caro(a) amigo(a), se você está incurso(a) em quaisquer destes capítulos de dor moral, medite na oportunidade de reflexão, de refazimento de forças, no ensejo de reavaliação do que ora vivencia, de releitura de sua realidade, para que note, assim, o fundo oculto que vibra nos subterrâneos profundos dos acontecimentos.

Se você se acha em meio a contradições e conflitos, bem-vindo(a) à Terra, porque tudo isso é perfeitamente esperável no mundo físico, e todos, de algum modo, se sentem oprimidos por provações, dificuldades e medos acerbos, que devem ser processados, administrados e transcendidos com coragem, determinação, serenidade e lucidez.

Não desista de seu projeto de ser feliz, mas encare a realidade como ela é, a fim de que possa superá-la e amoldá-la, dentro do possível, ao retrair seus aspectos indesejáveis e ativar ou mesmo construir os que considere almejáveis.

O Criador segue ao lado dos que lutam pelo surgimento de uma Nova Era. Destarte, se você pugna pela sua e pela felicidade de outras pessoas, esteja certo(a), caro(a) companheiro(a), Deus é seu parceiro de destino, de lides e de realizações… e contra esse Sócio, camarada, quem será páreo?

(Texto recebido em 6 de março de 2003.)