Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.

Nem sempre você estará dando o máximo de si. Terá feito o seu melhor, se esforçado e, mesmo assim, no último momento, o malogro ter-lhe-á acompanhado os passos, nos calcanhares.

Relaxe se não pôde hoje dar o seu melhor. Amanhã, dará. As obsessões, as quedas, os dias de vacilo e de infelicidade acontecem e cabe-nos transformá-los em alavancas de aprendizado e não em motivo de lamentação improfícua.

Agora é a hora de se levantar, de dar uma guinada para a frente, de confirmar sua decisão de seguir, justamente quando há o convite à descida. A culpa, o tédio, o desânimo são sinais da necessidade de mudança, amiúde de dramática mudança rumo ao melhor e não de desistência dos ideais que lhe alimentam e inflamam a alma.

Observe que hoje está em muito melhores condições que ontem. O mesmo acontecerá de agora por frente. A experiência é cumulativa. Você estará sempre mais forte e não menos, como seus receios insinuam. Se agora não tem forças para determinada iniciativa, logo mais terá. Só não se renda à sedução maligna da procrastinação. Não adie a tentativa. Entretanto, se depois de tentar, não conseguir o que almeja, perdoe-se pelo fracasso e tente de novo no dia seguinte.

O seu trunfo está em lutar contra as aparências e encontrar a essência. Assim, as energias podem estar muito conturbadas, mas o que lhe interessa é o padrão que lhe subjaz.

Renove o ânimo combalido. Você vai vencer, se quiser. Agora, é a hora de se reestruturar e seguir. As crises acontecem com o fim específico de gerar excelência, pela maturidade que propiciam na experiência amarga vivida. Aproveite-lhes o conteúdo e cresça com ele.

Está triste? Amanhã não estará. Faça o que deve e não se cobre melhoras instantâneas. Faz parte de sua natureza humana a ciclotimia, nuns mais presentes, n`outros menos. Temperamento inalterável é fantasia utópica que gera frustrações desnecessárias.

E, por fim, não se esqueça dos agentes das trevas, pugnando continuamente por derribar-lhe a fé. Eles procuram e encontram todas as brechas por que possam adentrar sua cidadela mental, criando balbúrdia, destruindo-lhe a paz e a alegria de viver. Ore, sempre que se sentir assaltado por esses inimigos de sua felicidade, e notará como logo voltará a si, nos seus padrões habituais de ser e de sentir. Perceberá a presença daninha desses companheiros infelizes toda vez que sentimentos, impulsos e idéias que lhe não são usuais lhe azucrinarem a mente com sugestões perturbadoras.

No mais, tenha paciência. Deus sabe o que faz, permitindo-lhe passar por isso. Verifique se não está havendo negligência de sua parte. Todavia, não constatando nenhum lapso de responsabilidade em sua conduta, asserene-se e aguarde por melhores posicionamentos da vida… no futuro alvissareiro que vem pela frente… E esteja certo: procurando fazer o seu melhor, essa espera nunca trará decepção.

(Texto recebido em 12 de abril de 2002.)