pelo espírito Roberto.

Você resolveu falar mal da vida alheia?

1) Você está compactuando com as forças do mal, que mandam disseminar pragas de maledicência, destruindo as leiras de Deus. Quem é bem intencionado fala estimulando, educando e confortando, e não divulgando o que não presta (se é que verdadeiro) e que incentiva estados de mal-estar nos ouvintes.

2) Oxalá sua motivação não seja de interesse pessoal frustrado. Porque, então, você está sendo venal e hipócrita, e o Cosmo não tem pena de seres pérfidos, que, nesta ou, muito pior, depois da morte e n’outras vidas, pagam bem caro o mal que disseminam na vida dos trabalhadores do bem. Jesus foi extremamente enfático em condenar hipócritas, dedo em riste, em várias passagens dos Evangelhos. Deveria dar uma lidinha neles.

3) Espero que você não tenha sido motivado por preconceito. O universo conspira a favor de todos que combatem preconceitos, e atravanca e devasta o destino daqueles que estimulam posturas discriminatórias. Quer ter certeza? Dê uma olhadinha em como é a vida dos conservadores e moralistas inveterados: são infelizes e angustiados, doentios e iracundos. Lembre-se agora de pessoas “cuca fresca” e sem “travas”, “liberadas” e “modernas” – pois é: são relaxadas e felizes, amorosas e tranqüilas.

4) Tomara que você tenha razão e que a história que você divulga do outro seja realmente como você está passando adiante. Também é muito importante que a pessoa mereça que você faça isso com ela. Porque, amigo, se você estiver falhando em qualquer um destes itens, aguarde, sentado e tranqüilo, o transbordamento da lei do carma em sua direção, sobremaneira se a pessoa tem créditos superiores nos trabalhos do bem. Aí, então, camarada, eu tenho pena de você, porque nem de longe faz idéia da semeadura de desgraças que você faz para o seu futuro.

Ah!… você duvida? “Okay”. É só aguardar. As leis da vida não precisam de nossa concordância ou fé para operarem. A pessoa de quem você fala pode estar distante e sem condições de se defender… O “Olho que tudo vê”, contudo, em nome de Deus, age de modo implacável, e, tanto cedo (melhor para quem lhe sofre o efeito logo, porque será menor) ou mais tarde (de modo mais violento e inflexível, porque a energia acumulada entra em ebulição progressivamente maior), o carma funciona como uma marreta do destino, solapando as almas inconscientes, para que progridam.

Sim, muito bem, você pode estar se lembrando de pessoas que fofocaram de você, por aí afora, n’é? E quanto a você? Tem, invariavelmente, usado a boca para edificar? Seria bom que considerasse a hipótese de você mesmo ser um agente das trevas, ainda que episodicamente, porque, sem dúvida, o mal do mexerico é dos mais comuns na espécie humana. E se você se sente muito acima dos outros, mais decente ou mais sincero, seria bom se recordar de que os crucificadores de Jesus eram, de um lado, a classe mais respeitável de religiosos do seu tempo e, de outro, os representantes do poder público romano, cheios de “pompa e circunstância”. E, no entanto, sofreram, e sofrem até hoje, a pecha perpétua de haverem sentenciado e executado à morte o Senhor de Todos.

Em resumo: fofoqueiros plantam desastres e infortúnios em sua própria vida, marcam encontro com o azar, são malvistos, tomam a rota do fracasso (já viu gente bem sucedida estar preocupada em falar da vida alheia?) e, por fim, põem-se contra as Leis de Deus, distanciando-se de Sua proteção. Por tudo, são uma lástima, e, não fossem dignos de nossa piedade, diríamos serem inapelavelmente merecedores de nosso asco e desprezo.

(Texto psicografado pelo médium Benjamin Teixeira, em 21 de junho de 2006. Revisão de Delano Mothé.)