Nota do Médium:

Quem mais busca poder sobre os outros, está, em verdade, precisando adquirir poder sobre si, projetando essa necessidade em realidades externas. O espírito Anacleto, de forma elegante, deixa isso claro para todos nós, dando-nos a chave, entretanto, para o verdadeiro poder. Creio que o prezado leitor do site Salto Quântico vai se encantar com essa mensagem sucinta (como sempre são as explanações do grande filósofo do além), que segue em anexo, logo abaixo a essa rápida e perfunctória apresentação da respeitável entidade desencarnada.

Anacleto, conforme informações que nos passaram, foi um grande filósofo da Grécia Antiga. Mas ainda não nos foi especificado quem. Interrogando-o sobre isso, sua resposta veio como uma pérola de invulgar sabedoria:

Isso é importante? Se não é importante, é fútil. Se é fútil, desvia do essencial. Só o essencial interessa.

Creio que o prezado leitor concordará com minha curiosidade humana, em querer saber quem teria sido ele, ao menos para constar em nossos quadros de análise de seus textos, de sua história, etc.; mas os grandes espíritos que dirigem a humanidade não se imiscuem em nossos joguinhos de crianças espirituais, assim como um catedrático não se envolve com as brincadeiras de uma criança de maternal, a não ser para orientá-la por meio da ludoterapia ou nutri-la de afeto.

Anacleto, cuja aparência viril de ancião sábio, de olhar penetrante, firme e protetoral, emanando paternidade e rigor, qual se fundisse o militar, o pai e o filósofo num só homem, normalmente fala por nosso intermédio sem que o vejamos. Às vezes, quando me esforço para divisá-lo pela clarividência, sua voz mental ribomba em minha psique:

Concentre-se no fluxo dos pensamentos (para filtrá-los com fidedignidade). Ver não é importante. Só a verdade é suficientemente segura. O que os olhos vêem engana. Somente o que a consciência intui é sempre digno de confiança.

Num outro momento que bem caracteriza sua personalidade e caráter, pediu-me o Grande Mentor que tomasse determinada atitude que me era muito difícil ao modo de ser. Prenhe dos conceitos de liberdade e individualismo, bem como de busca do bem estar pessoal, que permeiam toda a nossa cultura, respondi-lhe, como creio que muitos dos leitores talvez respondessem:

– Mas, Anacleto, eu não estou com vontade de fazer isso.

Ao que ele me disse:

– Eu não lhe perguntei se você estava com vontade de fazer; eu lhe disse é para fazer. Se, todavia, escolher não fazer, sabendo que o certo é fazer, a questão corre por conta de sua consciência, em resvalar no erro, cônscio do que faz.

Anacleto, a meu ver, consegue apresentar alicerces seguros de lógica, princípios e bom senso, nas questões mais complexas, em que o perspectivismo e o relativismo de nossa ótica moderna nos confundem, intronduzindo-nos no cepticismo, se não no cinismo ou na permissividade, ao não termos mais claras noções sobre certo-errado. Em certas ocasiões, por exemplo, em que a dúvida sobre estar certo ou não em questões mais difusas e subjetivas, disse-me:

Aja de acordo com o que considera certo, conforme o prisma que lhe é possível adotar no momento. Esse é o certo para agora, ainda que mais tarde perceba errado. Notará, porém, em uma análise mais profunda, ter sido certo nas conseqüências, carreando-lhe experiência e conhecimentos necessários ao seu crescimento, a fim de que acerte mais e melhor no futuro.

Esse é o Anacleto fantástico que lhes apresento, o pai coletivo de que todos precisamos, o norte numa época de desnorteamentos. Um líder para uma era sem líderes.

As pessoas mais inteligentes do nosso grupo têm adorado sua sabedoria e perspicácia ímpares. Os que têm acompanhado o Andrômeda, por exemplo, já sabem ser ele o Mentor de Eugênia (imagine-se a evolução do sujeito!), guiando imensas coletividades rumo a Deus. Remonto-os, de um modo especial, ao texto Lei Absoluta, que foi aqui publicado no dia 15 de dezembro de 2000 e que pode ser acessado clicando-se aqui.

Criador da Filosofia da Felicidade de que Eugênia é um expoente (discípula dele desde os tempos idos da Grécia Antiga), trouxe-nos, em seu primeiro contato conosco, em 1994, uma jóia de síntese sobre o assunto:

O tamanho da sua dor dimensiona a extensão da alegria que se está negando.

Anacleto parece muito afeito à maiêutica socrática – respondendo, freqüentemente, por meio de perguntas, a fim de provocar eficientemente o brotamento da sabedoria na mente do discípulo. Fala pouco, para dizer muito, sem meandros e circunlóquios, às vezes dizendo certas verdades do modo duro, como não gostaríamos de ouvir, mas que precisamos assimilar, com isso pretendendo deixar claro como nos engabelamos com nossas cirandas intelectivas, esquecendo-nos do essencial: agir .

Possa o querido visitante do Salto Quântico ter o mesmo prazer que nós, e, principalmente, edificar-se tanto quanto nós outros que já o conhecemos, com as mensagens fabulosas, normalmente extremamente sucintas e concentradas, se assim pudéssemos dizer, na lapidar capacidade de percepção e síntese desse gênio espetacular do passado, que renunciou às alturas do paraíso, para continuar lecionando nos mundos de sofrimento, ignorância e ilusão, a fim de arrastar multidões aos céus…

Benjamin Teixeira
Aracaju, 9 de fevereiro de 2001.

O Verdadeiro Poder.

Benjamin Teixeira
pelo espírito
Anacleto.

A luta começa dentro: quem não se vence, não pode vencer em nenhuma situação externa. Sem vitória íntima, pode-se enganar a si próprio e engalanar-se com a aparência de poder e triunfo, atormentando-se, entretanto, com terríveis crises de insegurança e medo.

Quer ter poder? Domine-se e reine no íntimo de seu coração, por meio da disciplina, do seguimento rigoroso de seus princípios, na perseguição de metas estipuladas em diversos níveis de prioridade. O dinheiro passa de mãos, assim como o poder. A beleza é relativa e temporária, assim como o prestígio social. Somente uma coisa é definitiva: o valor do próprio indivíduo que, em se encontrando em uma nova situação-desafio, colhe em si mesmo forças, recursos e meios de agir e resolver os problemas emergentes, com criatividade e adaptabilidade.

Caráter, bom senso, inteligência, determinação. O poder está aí. Portanto, dentro de você. Tudo mais é fantasia.

(Texto recebido em 9 de fevereiro de 2001.)