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Diálogo mediúnico com o Irmão Chico – 02.

Benjamin de Aguiar,
em diálogo com o
Irmão Chico.

(Benjamin de Aguiar) – Alguém, assinando em seu nome, afirmou que a mediunidade declina, com o correr do tempo, pelo esgotamento dos órgãos.

(Irmão Chico) – Sim, quando há exaustão do veículo de carne. Mas, no pico da meia-idade e no período de “velhice saudável” – digamos assim –, ela pode alcançar excelências sublimes, que não são possíveis a um médium jovem, por razões óbvias de inexperiência e falta, até mesmo, de treino neurológico suficiente. Em toda atividade que envolva o intelecto e não o atletismo ou a beleza física, pura e simplesmente, há acréscimo de qualidade com o passar dos anos, em vez de declínio. E a mediunidade, sobremaneira para funções coletivas de educação, é uma atividade intelectual por excelência, que exige cultura, inteligência, maturidade e valores apurados por parte do canal encarnado, ou as mensagens dos Mestres Espirituais “descem ao plano físico” – “são traduzidas para os encarnados” – de modo desastrosamente truncado. Não podemos nos esquecer de que o médium, na condição de porta-voz da Espiritualidade Superior ante o vulgo, é um intérprete, e, destarte, quanto mais maduro e experimentado for, melhor fará a transposição das ideias de um âmbito para outro de vida. 

Obviamente, com isso, estamos fazendo exceção às modalidades de mediunidade relacionadas a efeitos físicos, que decaem notadamente com a idade, como a de cura e a de materialização (mais ainda) –, mas estas são formas que diríamos “inferiores” de canalização da nossa dimensão de Vida, porque não se prestam a transmitir ideias, propriamente, e sim a impressionar os sentidos dos encarnados.

O dito escritor mediúnico deve ter se impressionado com meus longos anos de profundo desgaste orgânico, na terceira idade prolongada por ascendentes superiores, inferindo, desta observação, um princípio universal.

(BdA) – Então, a ideia é dele.

(IC) – Como acontece a todo médium, aqui ou ali ocorrem erros de captação das ideias do pretenso autor por quem se escreve ou fala. Falha de filtragem mediúnica; ou, para ser mais preciso, neste caso, franco animismo inconsciente. Ele é bem-intencionado e um excelente médium, mas não compreendeu que a ideia da senha que deixei antes de partir do vaso orgânico era, ironicamente, para nunca ser quebrada. Resolveu, então, dizer que não existe senha alguma, o que é lamentável, porquanto ataca o caráter de pessoas dignas, a quem confiei as três partes que a perfazem. Distribuir três senhas, com três pessoas distintas, que completam uma senha maior, constituiu uma forma sutil de eu dizer que não desejaria (isso sob condução e ordem de Nossos Benfeitores de Planos mais Altos) que ninguém utilizasse, para promoção pessoal, a celebridade da obra de Manuel e do médico famigerado que muito escreveu por meu intermédio.

O médium a que você alude, uma pessoa de bem, a despeito desse lamentável equívoco, sente saudades minhas. Eu o visitei algumas vezes, assim como o faço em muitos ambientes, a maior parte deles bastante simples e sem projeção na sociedade terrena: alguns, por me invocarem a presença; outros, por apenas dela necessitarem (por afinidade ou por determinação, mais uma vez, da Espiritualidade Superior). Mas ele decidiu ir além do que propus, por conta de seu livre-arbítrio e neuroses pessoais que não nos cabe aqui minudenciar, em vista de evidentes razões éticas. E, então, surgiu, por efeito desta deliberação inconsciente dele, como me pedem a dizer: “um constructo imagético”, que fala em meu nome, mas que não passa de uma voz em sua própria mente, um fragmento de seu psiquismo imiscuído a memórias de quem eu fui, já que ele me conheceu de perto. Os melhores médiuns podem ser mistificados – não podemos nunca esquecer esse princípio, com o maior zelo de vigilância e humildade.

(BdA) – Desculpe, tão estimado Irmão Chico, mas aqui sua identidade está praticamente revelada. E estamos publicando estes diálogos, a seu pedido. Não estaríamos desatendendo a este mesmo espírito de proibição de publicidade que você acabou de expender?

(O bem-humorado Irmão Chico desatou uma gostosa gargalhada e seguiu:)

(IC) – Há uma diferença substancial entre você e os que estão usando nosso nome, nacionalmente. Você possui um programa de TV, há quase duas décadas – a última delas, em rede nacional. E, além de já ter esta projeção nacional e no exterior, desligou-se do movimento espírita e não porta a menor intenção de me utilizar no sentido de promoção pessoal, não é mesmo?

(BdA) – Sim… mas sua identidade está clara…

(IC) – Francisco? Manuel? Chico? Esses nomes e o apelido que lhe seguem são assim tão raros? (riso brando)

(BdA) – Irmão, desculpe… Mas sei que me compreende. Nossos diálogos deixam óbvio com quem eu estaria falando.

(IC) – Com quem você ESTÁ falando. Julgo muito distinta a forma como você está escrevendo e me apresentando diante do público. É o equivalente a uma dama pudica, portadora de corpo escultural, que se veste por completo, sem lhe esconder as formas, visto que impossível (risos).

(BdA) – (risos) Mas você mesmo disse, ainda encarnado, que gostaria de descansar do trabalho mediúnico, depois de desencarnar…

(IC) – Pois é: disse bem! Antes de desencarnar, e falando por mim. Chegando cá, recebemos ordens claras de serviço, meu caro. Médium não tem vontade própria, você não sabe disso ainda?… 

(E desatou uma gostosa gargalhada, que eu acompanhei com um sorriso meio amarelo.)

(BdA) – É muito complicado chamá-lo de você. Causa-me muita estranheza, mas continuo fazendo para não incomodá-lo.

(IC) – É um problema seu, não meu. Mas você fique à vontade para me incomodar quando quiser. Você tem livre-arbítrio!…

(Risos – de ambos.)

(BdA) – Irmão Chico tão querido, você deseja falar mais alguma coisa sobre o assunto?

(IC) – Sim. Gostaria de apenas aditar que ser médium, com dignidade e responsabilidade, é estar a serviço do bem comum, onde estivermos e da forma que nos for possível. Há muita gente esperando a mediunidade ostensiva, com tons espetaculares, para se sentir útil à Espiritualidade Maior. Todos somos médiuns, em algum grau, ensinou-nos o mestre lionês e seus Guias de escol. Basta que haja a sintonia da intenção de fazer o bem, e a inspiração nos chega e passamos a ser secundados por bons espíritos em diapasão de onda mental semelhante e mesmo superior ao nosso, que nos favorecem realizar o melhor, no campo de trabalho que escolhemos, pela eleição vocacional do coração, quase sempre designada por nossos Benfeitores Espirituais, em nome de Deus, sem que nós mesmos notemos explicitamente.

(BdA) – Agradecido enormemente pela honra da nova visita.

(IC) – O prazer é partilhado. 

(Diálogo travado em 24 de outubro de 2011.)


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