Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.


Retribua, na mesma moeda, o bem que você recebe – a dádiva de amor, de ternura, de acolhimento fraterno. E ainda que você não tenha recebido, dê. Só se recebe quando, primeiramente, se dá. Quem espera sempre a iniciativa de fora (alma imatura) viverá, eternamente, aguardando por aquilo que deveria começar a dar, de si mesmo.


Portanto, se algo lhe falta, tome a iniciativa de ofertar. Gere, em sua vida, o darma da felicidade, em vez de, pela omissão, acumular o carma da negligência, que, inexoravelmente, redunda em penúria e sofrimento (*). Se, destarte, você se sente angustiado ou triste, recorde-se, mantendo isto sempre em mente, que somente por meio do esforço contínuo em oferecer o de que se precisa, logra-se encontrar a abundância e a plenitude.

No nível humano de raciocínio, tendemos a concluir ser nosso direito e até dever cobrar dos outros o que nós mesmos somos responsáveis por engendrar em nossas existências. Para quem quer viver pelo espírito, entrementes, somente por essa lógica transcendente: começando pelo dar, poder-se-á, um dia, mais cedo ou mais tarde, e, geralmente, não só cedo, mas tarde ainda mais, receber, em largas medidas, talvez não de a quem se deu ou de quem se esperava a retribuição, mas, invariável e infalivelmente, de Deus, por todos os meios possíveis, entre os que imaginamos hoje e os que nos são por ora inconcebíveis, porque, como disse Jesus, em Evangelho de João, bem como no de Mateus, “a Deus nada é impossível”.

Gere a felicidade, na vida de outras pessoas; exercite, aproveitando a ocasião-exortação do dia das mães, o amor incondicional, e você será repletado, será alimentado pelas vibrações de seu próprio amor. Ainda que não receba de fora, terá, dentro de si, transbordando, aquilo que busca, e, destarte, paradoxalmente, tornar-se-á satisfeito em sua avidez de amor; e, mais ironicamente ainda, começará a receber o mesmo amor que faltava, de fora, até de onde não esperava, por não ter esperado de ninguém.

Viva este paradoxo, viva a felicidade de multiplicar, em vez de dividir o seu amor, porque, reforçando: somente em dando, receberemos.

(*1) (Mensagem recebida psicofonicamente pelo médium Benjamin Teixeira, ao final da palestra pública do dia 8 de maio de 2005, que é realizada sempre no Centro de Convenções do Hotel Parque dos Coqueiros, Aracaju, Sergipe, às 19:30 h de domingos.)

(*2) Eugênia usa os conceitos de darma e carma, como antônimos um do outro, no sentido de programar um destino de bem-aventurança ou de infelicidade para si, respectivamente; ou, em outras palavras: um crédito ou um débito, na conta cármica de cada um, pelas escolhas corretas de atitude que seja levado a fazer, no uso apropriado das faculdades de discernimento e de livre-arbítrio.

(Nota do Médium)