Benjamin de Aguiar
pelo Espírito Gustavo Henrique.

Em meio a uma explosão de crescimento da Obra Divina posta em tuas mãos, no sentido não só do tamanho, quanto da qualidade de seus serviços, estavas estranhando, em ti mesmo, uma “excessiva tranquilidade”. “Não seria indiferença demais, ante despautérios tamanhos que ocorrem nas adjacências da expansão?” – pensaste com teus botões. Se tivermos que compreender coerência como uma nova acepção para o verbete “indiferença”, então estaremos entendidos (risos). Estás de parabéns, e não em condições de te pores à chibata da autocrítica. Teus ofensores, sim, “coitadinhos” (porque é assim que se sentem), precisariam de uma dose “cavalar” (como se diz no plano físico) de juízo, para ficarem mais adultos. Quantas vezes ouviram de ti que o “complexo de vítima” é o padrão psicológico da criança e não da criatura amadurecida?

Vês os desesperados de toda monta procurarem-te, aturdidos. E notas, ano sobre ano, que colhem de ti os frutos do conforto, da orientação, do estímulo de que carecem, e partem (em sua maioria), abandonando seus postos de serviço, para desfrutarem das comodidades do mundo, sobremaneira do alinhamento com as convenções e preconceitos da época em que estão inseridos.

A maioria dos que assim padecem tais movimentos de ingratidão logo queda em suas tarefas, retraindo-as da medida justa ou mesmo suspendendo-as, desertando desabridamente de compromissos assumidos com o Alto. Tu, porém, só as fazes ampliarem-se. No entanto, desenvolveste defesas naturais, encarando com naturalidade o que é habitual (assim como o cirurgião, que não fica tonto ao ver sangue), ainda que os eventos que presencies representem, por exemplo, a escolha da desgraça que alguns preferem, a renunciar ao próprio orgulho. Fizeste tua parte, sempre um pouco além do que a consciência pedia, para não dar espaço a te sentires responsável pelo escorregão do incauto no abismo que viste e a ele apontaste. Que mais podes fazer, se a criatura, que é livre, insiste em prosseguir na direção da ribanceira? Entrar em pânico também? De modo algum. Os anjos no Céu encaram com naturalidade as desgraças na Terra, enquanto oram e mobilizam influências para amenizá-las. Tu até pediste transmutação de carma para os mais enlouquecidos, para não sofrerem o que lhes aguardava logo adiante (sendo atendido em alguns casos, ao passo que – trágica ironia – eles te supõem inimigo da própria felicidade e blasfemam contra ti).

Percebes que muitos agem com indecoro, justificando a própria fuga, com distorções crassas de ocorrências que poderiam ter (e já tiveram) interpretações bem diferentes… A injustiça persegue teus passos, por toda parte, amiúde engendrada pelos que mais foram beneficiados. E perseveras em tua tarefa, bradando cada vez mais alto e com melhor qualidade as reverberações do Céu que te chegam.

Já  dissemos e repetimos: o que há de novo nisso? E é justamente por estares conscientizado desta não novidade que te manténs em paz, cumprindo teu dever, sem assimilares a loucura e as vertigens de culpa dos outros, estejam elas em nível consciente ou inconsciente de suas mentes conturbadas de angústia, com toneladas de camadas de racionalização infeliz, para não se permitirem sentir a culpa que trazem no íntimo.

Contempla, nesta era natalina, o Cristo suspenso na Cruz, o Injustiçado por Excelência, e relança os olhos sobre a história dos beneméritos da humanidade – não verás exceção: todos foram, em medidas e de formas variadas, objeto de ataque gratuito, de calúnias, de incompreensão e má vontade, principalmente quando os beneficiários julgam que já auferiram tudo que poderiam extrair, a benefício próprio, destes Enviados do Céu. Acontece, então, a hora do abandono e da rejeição.

Mas, pobres coitados (agora a piedade tem sua hora certa de acontecer), não fazem ideia do ônus que terão que pagar por haverem assim agido com um Representante da Luz… cedo ou tarde, provavelmente não só agora como mais ainda adiante, terão que arcar com as contas ante a Contabilidade do Universo. E não é preciso ir longe para notar o quanto já trafegam em vias vazias, com passos trôpegos, em vidas desprovidas de sentido e consistência… andando em círculos, fazendo bolhas dentro de si… bolhas de nadas… preenchidas de amargura e infelicidade…

Releva e observa, concomitantemente, quantos te amam, reconhecem-te o valor (inobstante alguns, parcialmente) e te seguem, com respeito e gratidão, os passos de homem de bem. Se não há novidade alguma neste processo de descompasso entre o homem do futuro e o presente em que foi ínsito, conserva-te como estás, inteiramente em paz. A inveja, a discriminação dissimulada e toda ordem de perseguição marcaram o caminhar daqueles que trabalharam pela evolução das comunidades em que foram enxertados (a fim de transformá-las), mas também o contrário é verdadeiro. Nota, por exemplo, de que modo a Graça de Deus, os prodígios extraordinários, os “impossíveis” acontecem, de minuto a minuto, com os que apenas se interessam em se pôr sob a Cobertura da Casa de oração e reflexão Superior que fundaste, no plano físico de Vida, sob o beneplácito e a inspiração das Esferas Excelsas de Consciência…

Enquanto tantos seguem, vida afora, focados nos interesses pessoais de ganho, prestígio ou fama, tu fizeste de cada elemento de tua personalidade e cada aspecto de tua existência mais um elo a fortalecer a corrente do teu idealismo, tornando-te mensageiro da fé e da esperança por onde passas (e para bem mais além do alcance de teu corpo e tua voz…), trabalhando contra o preconceito e a tirania, a hipocrisia e toda sorte de manipulação, inclusive entre aqueles que te procuram, muitos se alarmando, chocados, e, por isso mesmo, logo (ou pouco adiante) correndo espavoridos de tua presença auxiliadora, porquanto não ajudas segundo os egos de quem recebe o socorro, mas de conformidade com a sintonia do Coração d’Aqueles que representas, cujo Amor se faz às vezes severo, exatamente porque sempre justo e sábio…

Destarte, tranquiliza-te, quando os assaltos das trevas te parecerem incompreensíveis de tão bizarros. São as limpezas naturais e episódicas das Obras do Bem, a poda bendita que parte do Alto, do Jardineiro que o Cristo Se disse ser, afastando vibratoriamente quem não se afina com as Causas sob Sua Tutela, a fim de que as Árvores da Luz frutifiquem mais… cada vez mais… como vem sendo aquela em que te tornaste – por tanto te identificares (reiteramos) com a obra de amor e esclarecimento que ergueste no mundo, sob Comando Sublime…

E se blasfemam, espumando ódio e fel, cheios de mágoas tolas e cobranças infundadas, por te não poderem controlar ou sugar de ti o que esperavam obter, por te não aceitarem as escolhas melhores, porque mais elevadas, ignora-os, conforme o fez o Cristo Jesus, em relação àqueles que O acusavam do que não havia feito, silenciando ou Se atendo às mínimas palavras, como o famoso, ao Lhe indagaram se era Rei em Israel: “Tu o dizes”, quando era Rei da Terra inteira… de um Reinado Espiritual sem fim…

Acompanha as pegadas de teu Mestre (como Ele a todos nos ordenou fizéssemos) e deixa que a algaravia dos “seduzidos pelas coisas do mundo” continue com seus impropérios e desatinos. Cada um colherá o que planta hoje. E, para quem semeia a Luz, como tu, nas almas de tantos, há tantos anos, sem tergiversar ao dever, nessa rota tão espinhosa, sendo observado de Cima (por essa mesma razão) com a simpatia que inspiras e és… que te importa, amigo? Repito, com todo o coração: que te importa qualquer outra coisa mais?

(Texto recebido em 22 de dezembro de 2010.)

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