Benjamin Teixeira
pelo
Espírito Eugênia.

Estás cansada, alma amiga. Conhecemos-te o coração. Os facultativos da mente e do corpo, em suas nomenclaturas novas, sempre criativas, diagnosticariam, caso te pudessem observar de perto o quadro sintomatológico e os desabafos sinceros, estares portando uma “síndrome de burnout”. Há três lustros, pôr-te-iam a pecha de inclusa nos quadros da “depressão clínica”; e, em décadas passadas, dir-te-iam, eles mesmos, estares “estafada” ou padecente de grave processo de “stress”. Se voltássemos século e meio no tempo, estes mesmos peritos imputar-te-iam misteriosa “melancolia”.

Supõem-te, todavia, os que te observam de fora – a multidão que te acompanha, atenta (e sedenta de tua presença e qualquer coisa que digas) –, em galarim de vitória, jubilosa e feliz, na glória dos pináculos da fama e da realização triunfante, porque tua obra ao bem comum prospera, sem se darem conta dos tributos de dor psíquica de muitos, encarnados e desencarnados, que se repercutem em teu psiquismo sensível, tributos que pagas todos os dias, atualmente parecendo ocorrer em quotas maiores que nunca; nem conceberem os ônus de persistência, com tantas deserções e espetáculos de injustiça e calúnia que contemplaste e sofreste, em torno de teus passos ou diretamente vinculados à tua pessoa e ao trabalho que ciosamente desdobras, em nome dos que te velam as iniciativas de Mais Alto, uma “via crucis” de desgastes e tormentos, ano sobre ano, década sobre década…

Olhas para a frente e vês que estás apenas a meio caminho da trajetória a carpir, como destino a realizar, e sentes desfalecerem-te as forças… Não acreditas existir mais fonte alguma d’onde possas extrair ânimo a prosseguir, mesmo tudo pondo nas Mãos de Deus. Não seria a hora de voltar? Estariam, de modo sutil, planejando teu retorno, os teus Orientadores desencarnados?… Não, prezada alma boa, ainda não. Prossegue apenas fazendo isso: confiando tudo à Divina Providência, e continua fazendo tua parte, nos deveres que te cabem, ante o populacho que te foi delegado educar, deixando que o Cristo faça o resto por ti.

Sabemos, coração de Deus, que sentes vertigens de saudade do Lugar d’Onde vieste e para Lá gostarias de voltar, quanto antes… Dizes-nos, preocupada: “Não se trata de um capricho egoístico! Estou exânime: não tenho mais energia para suportar o peso da cruz que carrego! Como dar conta de encargos novos, adicionais, que me chegam?” Estamos cônscios, outrossim, de que não encontras mais motivações nas coisas do mundo, sejam posses, prestígio ou celebridade… e de que os laços que te prendem ao mundo físico se desfazem, rapidamente, sem que as pessoas que te circundam notem o espetáculo espiritual de iluminação progressiva que acompanhamos, de Cá.

Mas este processo, coração zeloso, é natural e era de se esperar. Não estranhes. Apenas não sabias que, tão célere e amplamente, ainda nesta mesma reencarnação que desfrutas, ver-te-ias tão desprendido das vaidades e apegos que tanto oneram a vida mental de teus semelhantes – o que observas, com piedade crescente.

Preservas, é bem verdade, o brio da alma nobre, que sabe o que veio fazer sobre a Terra, sem qualquer pretensão de superioridade ou de subjugação de terceiros, mas com muito sentido de compromisso e responsabilidade com o que faz e diz, amiúde casando-se esta consciência de si e das próprias obrigações à total despreocupação com as convenções e as aparências, em cenas de firmeza e quase fúria que lembram, vivamente, bem-acabados processos de arrogância, mas também a “ira sagrada” dos tempos apostólicos e proféticos que tão fartamente o texto bíblico documenta, não só em Jesus (a exemplo do episódio dos “vendilhões no Templo”, em que o Cristo empunha chicote e fala grosso e alto), como também em Seus predecessores e sucessores santificados de virtudes heroicas. Pouco te importas, é bem verdade, que te vejam como espírito orgulhoso. Preocupas-te, porém, se estás sendo, neste movimento, bem-visto por nós. Quem te disse, entretanto, alma pré-santa, neste mundo de egos inflados e semibestas, que é tal conduta reprovável ou que devas escoimar-te deste escudo protetor? É por meio dele que te impões à maldade dos viciosos e te defendes, bem como proteges da desagregação a obra parcial do Bem que te foi confiada pela Divindade, contra as forças lupinas do mal, vorazes por fazer desaparecerem, no mundo, os Projetos de Deus.

Descansa tuas forças no regaço do meu coração, filho amado. Vem para tua mãe, por alguns momentos que seja, e repara as energias combalidas. Logo estarás em condições de seguir e agir, em nosso nome e em Nome d’Aqueles que estão acima, muito acima de nós: os Anjos servidores dos Cristos Maria e Jesus.

(Texto recebido em 11 de abril de 2010.)


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