pelo espírito Irmã Brígida.

Deita em paz tua cabeça à cama. Pedem-te demonstrações vivas de renúncia e atestados de santidade, sem notarem que já fazes muito pela causa do bem, nem se darem conta da contradição de exigirem virtude especial de quem é humano e frágil, tanto quanto de que o mérito é maior para quem segue fazendo seu máximo, ainda que portando limitações humanas.

Releva, porque não sabem o que fazem. Logo virá o dia em que se verão em agruras e reconhecerão que tua atitude foi mais nobre todo o tempo, e não concluíram isso em tempo de evitarem o ataque nefando à tua pessoa.

Perguntaram-te: por que não te dás mais, por que não és melhor, por que não te igualas aos grandes vultos da história?… E não se aperceberam do desatino de tais imprecações.

Ignora e segue. O momento da provação também chegará para eles, que, em turbilhão de angústia, recordar-te-ão o nome, tarde demais para repararem o erro cometido, em furiosa leviandade.

Nada há de estranho na campanha contra gente de bem, que serve a Deus no mundo. Se as almas realmente santas e até o Cristo atravessou tal natureza de adversidades, tendo o nome achincalhado e a reputação atacada – quando Se doavam, impolutos, pela felicidade geral –, por que contigo seria diferente, homem comum, embora digno? O próprio Jesus o disse, em tom profético, garantindo que haveria perseguições no mundo aos Seus discípulos fiéis. Ante tal perspectiva, destarte, por que não te sentes honrado com os assaltos à tua tranqüilidade? Estranho seria se te não atacassem a moral e o nome – seria o caso de te perguntares se não estarias fora de rota, por manteres sintonia com um mundo que ainda não é dominantemente inspirado pelo Bem.

Em isto considerando, enxuga a lágrima sorrateira que teima deslizar pela face “escarnada” de tristeza e cansaço, no trabalho do ideal em que te esfalfas, e sorri, feliz e em paz, cônscio de que aquilo que fizerem contigo, em te pondo, com esforço e sinceridade inauditos para espalhar benefícios à coletividade, como representante de Deus, é com Ele que terão que se haver.


(Texto psicografado por Benjamin Teixeira, em 27 de julho de 2006. Revisão de Delano Mothé.)

Fonte: http://www.saltoquantico.com.br