No fuso horário de Brasília, passavam alguns minutos das 18h quando nos encontramos, um conjunto de pouco mais de seis senhoras e um cavalheiro, em ponto específico da psicosfera “superior” brasileira. A Mãe Maior da Humanidade Terrena nos visitaria, para transmitir Mensagem a todos os povos terrícolas, de acordo com as condições de cada público-alvo. Repassaríamos a lideranças religiosas de diversos quadrantes do globo algumas das ideias que nos seriam misericordiosamente concedidas pelo Conselho dos Cristos de nosso orbe – entre Eles, Nosso Mestre e Senhor Jesus e o Arcanjo Búdico Gabriel, a Quem Jesus denominava “Pai Nosso” e a Quem os israelitas chamavam “Iaveh”. Eu seria responsável por me fazer a intermediária para os povos lusófonos.

Maria Sacratíssima apareceu, dentro de grande globo solar de luz intensíssima, descendo de Faixas mais Altas de Consciência, toldada com primorosa túnica azul-celeste e recoberta de cintilações douradas – sem que essa combinação de cores soasse desagradável aos olhos. Expressão impecavelmente bela e serena, denotando uma idade indefinível, embora exalando maturidade e grandeza d’Alma com o Olhar de intraduzível calor humano, falou-nos, em pensamento, sobre diversas temáticas, das quais trazemos a lume (porque receberam autorização para tanto) apenas os poucos apontamentos que se seguem, em termos aproximados para a Língua de Camões:


“Minhas amadas filhas, meu estimado filho:

Transmitam aos nossos irmãos e irmãs reencarnados, no domínio das sombras materiais, a necessidade urgente de renúncia.

Nesta era em que tudo parece obtenível a um toque de dispositivo eletrônico manual, por pesquisas automáticas em computador e pela inundação de informações e alternativas de ideias, filosofias de vida ou políticas espirituais, urge relembrarmos o equilíbrio indispensável, perdido na frenética, compulsiva e angustiante busca de novidades. Esse processo de reencontrar o ponto de equilíbrio entre opostos demanda, todavia, inexoravelmente, renúncia aos excessos emocionais, aos abusos do poder e da posse, às extravagâncias de entretenimento e prazer, e a todas as demais ordens de desvarios possíveis, decorrentes do espírito de desgoverno dos próprios sentidos e da fuga ao bom senso.

Não há felicidade, sob nenhum parâmetro de observação, sem a temperança, sem a aptidão bem desenvolvida para abstrair-se das tentações e solicitações intensas do mundo exterior, a fim de que o indivíduo experiencie, ainda que esporadicamente, seu eixo interno fundamental de princípios espirituais e prioridades existenciais, que norteiem escolhas e atitudes, íntimas ou no mundo externo, a cada momento e em seu padrão de vida, de uma forma geral.

A renúncia, de modo nenhum, deve ser entendida como sacrifício ou um retorno à apologia do sofrimento, tão típica ao período do obscurantismo medieval, na civilização judaico-cristã, e deveras repulsiva (com razão), da perspectiva da mentalidade hodierna, racional e libertária por excelência. Impossível, entretanto, existir lucidez e maturidade psicológica numa pessoa, e mesmo inteligência ou decência, sem a capacidade bem ativa de abdicar, sempre que necessário, de utilizar em benefício próprio um poder ou concessão que lhe sejam apanágios ou conquistas feitas, em prol de valores mais altos ou do bem comum, de terceiros… e de si mesma, em última análise, compreendendo-se que, no tecido de interdependência que une todos os seres, o bem da Coletividade é parte inapelável da exequibilidade do bem individual.

Observemos a inaptidão para se abster de alguma coisa, e facilmente encontraremos as vítimas infelizes da toxicomania e das variadas modalidades de dependência emocional (ou mesmo mental), quando não os caracteres infortunados, arraigados e decaídos, amiúde por séculos a fio de frouxidão moral, na fauce hiante do crime.”


Encerrado o Seu Discurso – bem mais amplo do que aqui podemos traduzir em palavras, tanto em extensão como em profundidade de sentimentos, diretamente enxertados em nossa diminuta audiência –, Nossa Mãe Maior dissipou a Própria Imagem suavemente, com um luminosíssimo sorriso maternal, deixando a atmosfera impregnada com a Infinita Bondade desprendida de Sua Santíssima Personalidade, Refletora do Lado Amor e Acolhimento Incondicionais da Maternidade Divina.

Após uma ligeira e silenciosa meditação, palestramos entre nós, por alguns breves momentos, a respeito dos filtros imprescindíveis que estabeleceríamos nos processos de comunicação (mediúnica ostensiva ou, na maior parte dos casos, inspirativa), e retornamos a nossas atividades cotidianas, com o feliz mister de interpretar, quanto possível, para os que jazem na dimensão física de existência, as Palavras da Excelsa Mãe Espiritual da civilização terrena.

MARIA Santíssima
Intermediação do Espírito Eugênia-Aspásia
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar
22 de setembro de 2013

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