(Dialogo com o Espírito Eugênia.)

Benjamin Teixeira
em dialogo com o
Espírito Eugênia


(Espírito Eugênia) – Esperar previsibilidade, nos contextos complexíssimos da consciência, é tão risível como certas fábulas da carochinha de má qualidade, que sequer se prestam à interpretação simbólica de conteúdos do inconsciente profundo. Se, desde o âmbito infinitesimal das subpartículas atômicas, impera, hegemônico, o famigerado “princípio da incerteza”, assim alcunhado por Werner Karl Heisenberg, como poderemos esperar algo linear da intrincadíssima fusão de fatores, da superposição de bilhões de variáveis relacionadas aos tecidos de eventos na existência humana? Como supor que planejamentos possam vir a ser objetivamente cumpridos?

Devemos entender programações de tarefas ou planos para o futuro como diretrizes-mestras de ideal, conforme um dado conjunto de circunstâncias permita que se visualize o porvir, mas nunca como uma tabela de acontecimentos a serem precisamente desdobrados no espaço-tempo, quais cálculos matemáticos elementares de aritmética. Este tipo de expectativa simplista – a do controle da teia de ocorrências na própria e na vida dos entes amados – está fadada ao malogro, conduzindo o indivíduo à frustração e arrastando-o a negar ideais e uma abordagem fundamentada na fé e na esperança, por não encontrar suas metas alcançadas da forma como idealizou, partindo de premissas contidas n’outra conjuntura existencial.

(Benjamin Teixeira) – Sobre isso – o “imprevisível que nos frustra” –, querida Eugênia, há pais que sofrem um baque, com o nascimento de um filho especial. Teria algo a dizer sobre o assunto?

(EE) – Sim. Que não se deixem intimidar pelos eventos supervenientes da vida. Na mitologia grega, há uma figura curiosíssima e emblemática que me facilitará a transmissão de uma ideia por demais subjetiva e mística para ser abarcada, com segurança, pela ciência e razão humanas, no presente estágio de desenvolvimento da cultura e civilização terrenas. A figura lendária a que faço referência, de molde a melhor traduzir o complexo da situação analisada, é Caronte – o barqueiro condutor à outra margem do “rio” da Vida.

Não pretendo, com este conceito mitológico, entrar em pormenores de exegese, no que tange ao mundo espiritual e aos fenômenos mediúnicos. Interessa-me tomar, para o assunto em foco, uma perspectiva metafórica mais profunda: aquela que concerne não à morte do corpo e ao tráfego da consciência, livre da matéria, para outro domínio de existência, mas sim à leitura simbológica atinente à morte situacional de determinados ciclos existenciais, que demanda o pagamento de certo tributo psicológico ao indivíduo, a fim de que este possa deslindar-se de alguns atavios, de carga dispensável na própria estrutura psíquica, com o escopo de favorecer o seu trânsito ao novo patamar de valores, percepção e interesses que constitui a fase de vida que alvorece.

Retornando ao capítulo do estudo da imprevisibilidade, que o amigo desejou “interromper” com sua pergunta, cabe-nos recordar o princípio das “propriedades emergentes”, que espocam espontaneamente, por força mesmo do fenômeno evolucional, no movimento de passagem a um nível mais alto de complexidade de organização dos seres e suas psiques (quando estes seres já portam o atributo da autopercepção). Ao percorrer, por exemplo, o trajeto do infinitamente pequeno, no estudo da realidade subatômica, para o domínio das estruturas materiais dentro do espectro da visão humana, precisamos abandonar todo um conjunto de leis da Física, denominadas, em conjunto, de Física Quântica, para aplicarem-se conceitos matemáticos bem menos elaborados, por sua vez, em grupo, chamados de Física Clássica ou newtoniana. Ou seja, quando se alcança o limite de “saturação” de uma experiência ou de “esgotamento” de aprendizado, numa determinada camada de profundidade da vida, imediatamente pululam os dolorosos processos de “parto psíquico” ou “parto evolutivo” que compelem a criatura, inarredavelmente, a nova faixa de consciência, engendrando maiores amplitude e aprofundamento da percuciência. Parto este que se apresenta, com lógica matemática, psicologicamente doloroso, tanto quanto o é fisicamente o processe de encarceramento da lagarta no claustro “pesadelo” da crisálida, para que, de seu atroz padecimento, ressurja, adiante, no sonho espetacular concretizado de sua metamorfose para a condição de borboleta!…

Que ninguém se perca na autotortura psicológica de procurar motivos para a culpa, nem para o flagelo moral do sentimento de desvalia íntima, na busca de entender por que tal injunção (o nascimento de um filho especial) se tenha dado em sua existência. Lucubremos, de reversa maneira, que a Divina Providência envia anjos às figuras ousadas de herói, quando estes atingem o limite de suas forças e temem não encontrar meios para concretizar, plenamente, sua jornada feérica de realização pelo bem comum. Com esta assertiva, inclusive, combato a tese do exclusivismo da etiologia cármica, apontando como sofredora-criminosa-revel toda criança que renasce portadora de distúrbios físicos ou mentais. Embora estes casos existam (e mesmo constituam a maioria), há os que nestas condições ressurgem nos proscênios das existências físicas, para fazer germinarem as sementes mais profundas e adormecidas de qualidades morais e espirituais naqueles que lhes albergam, no ninho dos próprios corações… os pais, em particular, como é fácil concluir…

(BT) – Obrigado!

(EE) – Agradeçamos, sempre, à Nossa Mãe Santíssima, Maria de Nazaré, a Ela tudo remetendo, em matéria de créditos e louvor, como Representante Máxima, para o Globo Terrestre, da Infinita Bondade de Deus, do Lado Maternal do Criador.


(Diálogo mediúnico travado em 2 de agosto de 2009. Revisão de Delano Mothé.)

Convite:

Incorporação do Espírito Gustavo Henrique, no Dia dos Pais.



(Duas imagens que podem ajudar os prezados leitores a visualizar o Pe. Gustavo Henrique. Na fotografia da esquerda, a batina preta que ele sempre traja – ultimamente, assim tem-me aparecido. Na direita, a imagem de um homem que, longinquamente, recorda-me o semblante de Gustavo Henrique – o cenógrafo Naum Alves de Souza –, com a ressalva importante de que o Padre Gustavo parece bem mais velho – algo em torno de 75 anos –, com os cabelos bem mais grilhasalhos – completamente brancos, na verdade –, embora exale saúde, vigor e lucidez.)

A voz pausada e grave do padre católico desencarnado impressionou a muitos que estiveram presentes, na conferência realizada na sede do Salto Quântico, na quarta-feira passada. “A voz é minha, mas alterada pela influência do Espírito Amigo que se apresenta como Gustavo Henrique” – esclareceu Benjamin. Bem humorado, mas circunspecto, lembrando as melhores tradições sacerdotais, a entidade que se diz extremamente devota de Santa Bernadette Soubirous, que dirige o Instituto Salto Quântico com a alcunha “Eugênia”, brincou com inúmeros dos elementos na platéia; e, ao fim, esclareceu questões íntimas de uma das presentes, com detalhes impressionantes que o médium não tinha como conhecer de antemão.

Disse um destes felizardos que acompanharam a experiência memorável:

“É sempre uma prova magnífica da imortalidade da alma. O Espírito do Padre Gustavo falou para uma das senhoras no ambiente: `Olá, amiga. Não se preocupe com esta dor imensa no calcanhar esquerdo com que acordou hoje de manhã', entre outras informações superprecisas. E ainda perguntou a ela: `Benjamin tinha como saber que você acordou com esta dor hoje pela manhã?' Com a resposta enfática da beneficiária que `Não, de modo algum'.”

Disse ainda Benjamin, sobre este curiosos fenômeno: “São mimos da Espiritualidade, para que nosso cepticismo não atrapalhe. Nada disso seria necessário, em minha opinião. As Bondosas Entidades que se manifestam por mim apresentam um nível intelecto-moral muito superior ao meu.”

Neste domingo, 9 de agosto, às 20h, no auditório da Sociedade Semear. Lembre-se de que os passes começam a ser ministrados às 19h15. Cortesia garantida para quem estiver na primeira visita e para estudantes que não estejam empregados.

Mais informações pelo telefone: 3041-4405 ou pelo e-mail: perguntas@saltoquantico.com.br.

Equipe Salto Quântico.

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