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Waguinho, meu tão amado consorte há três anos e meio.

Por Benjamin Teixeira de Aguiar.

Um sonho de amor, estando acordado… cada vez mais acordado para os valores mais sagrados da Vida!… Tenho amigos muito especiais (alguns no meu rol de intimidade há mais de quinze anos), em quem confio completamente e nutro magníficas partilhas de afeto, ideais e conceitos – e isso já me seria o bastante, para ser muito feliz, sem contar uma relação divinal com a Mestra Espiritual Eugênia, que prefiro nem começar a comentar, porque me traz o tipo de autorrealização no serviço vocacional que somente a Infinita Bondade de Deus poderia prodigalizar.

A Divina Providência, todavia, julgou por bem ser extravagante comigo – certamente para que eu tenha suporte emocional no trabalho gigante que me foi delegado. Wagner, meu consorte há três anos e meio (contando-se os dez meses anteriores à celebração de nosso casamento, diante de nossa própria congregação de almas irmãs), é um homem puro e perspicaz a um só tempo, inteligente e sensível a toda hora, divertido e trabalhador sem contradições, cavalheiro como se não “fabrica” mais, um soldado devoto que me oferece, em todos os sentidos, o que uma relação conjugal pode propiciar de alegria, realização e satisfação (risos), como não imaginaria ser-me possível, nesta encarnação.

Eu sabia que, um dia, viveria um relacionamento com um homem mais jovem, e esta visão premonitória me perturbava. Acreditava, porém, que isso só aconteceria quando eu já houvesse ultrapassado os 50 anos. Os Espíritos silenciavam sobre isso, enigmática, propositalmente: seria um teste… e que teste! Mas o resultado foi uma bênção além do que esperava, uma bênção de todos os dias… De fato, foi-me acontecer o previsto bem antes do que vislumbrava, quando eu contava 38 de idade, e ele, 20 – hoje, tenho 41, e Wagner, 23. Eu percebia, em mim mesmo, um preconceito difícil de superar, no que concerne a relacionamentos interetários, e lançava, para frente, no tempo, a imagem da “sina” a vir, tentando, inconscientemente, esquivar-me da provação. O que mais tememos, contudo, guarda o tesouro mais precioso de nossos corações – isso já foi dito alhures.

Mal saberia que um grande amor de muitas vidas voltaria sob a máscara de um corpo mais jovem. Waguinho, como chamo na intimidade meu tão amado cônjuge, é um presente de Deus, entre tantos que a Escola da Felicidade proporciona a todos nós, quando aprendemos a nos libertar das próprias amarras do passado e a nos abrir ao porvir. Exorto todos, enfaticamente, a romperem com as hipnoses culturais de autocastração e pseudovirtude da submissão a convenções. É sempre assim: cada geração se julga a mais correta em valores morais e condena os que representam a próxima. Mas o futuro e a evolução dos povos e dos costumes são implacáveis em defenestrar as condenações pretéritas. O trem-bala da História não estaciona ou reduz a velocidade para contentar os mais refratários ao progresso.

Não faz sentido esperar que a maioria nos compreenda ou aplauda: essa é uma atitude imatura e mesmo falsa. Na vida profissional, espiritual, afetiva, familiar, pessoal ou qualquer outra, sejamos responsáveis sempre; entetanto, ousemos na mesma medida. Se nos privarmos de viver os desafios que a existência nos apresenta, quando chamados a revelar a plenitude de quem somos, a troco da aprovação de pessoas ou grupos, não importando quais sejam, deixaremos, com alta probabilidade, de cumprir exatamente o que viemos realizar nesta encarnação, ou, no mínimo, parte expressiva dessa missão. Não por acaso, Nosso Mestre e Senhor Jesus confrontou todas as tradições vigentes, a ponto de conviver com prostitutas e homens públicos considerados corruptos, acusando de hipócritas religiosos e indivíduos alinhados com os hábitos de seu tempo e cultura.

Não me contentei em ser infeliz, embora admirado pela maioria que tiraniza personalidades e minorias. Isso é patético, perverso e fundamente imoral. Uma subserviência sadomasoquista e mentirosa que não serve a ninguém. Escolhi ser feliz: vale a pena! Mas isso não vem por força do acaso. A Graça de Deus, para Se manifestar em Sua tão infinita Justiça, quanto o É em Amor, espera (inclusive neste campo de realização) pelo esforço e trabalho de cada um de nós: superar inúmeras barreiras de aversões e preconceitos, ano sobre ano vivenciando rupturas e decepções, sem desistir de se abrir para o amor novamente, após cada desilusão, até que se encontre, debaixo de todo o cascalho, na garimpagem afetiva da vida, a pedra preciosa que encerra em seu bojo o prêmio conquistado da felicidade.

Waguinho, por ora, é esta gema raríssima para mim. E, se Deus permitir, espero que seja para toda esta existência física, e, se possível, também para depois da morte do corpo de carne de ambos.

Este princípio de buscar arduamente alcançar um objetivo, como tudo que se pode fazer por merecer na vida, aplica-se aos mais diversos âmbitos existenciais. Sou gay, fora de forma e líder de um movimento espiritual. Tudo indicaria que estaria condenado à agonia da solidão romântica. Vivo o inverso! Viva às possibilidades infinitas da Misericórdia Divina! Como nos asseverou Jesus: Tudo é possível para Deus! (Lucas, 1:37) Quando estamos dispostos a perseverar em meio a desastres emocionais sucessivos, a esquecer o ego e as vaidades pessoais e sociais, e a sempre confiar, por fim, no poder do Coração, maior que todas as adversidades do mundo físico-humano, tudo é concretizável. Há um senão, no entanto: tudo se sucede conforme a Vontade d’Ele-Ela, e não de acordo com demandas caprichosas de nossos egos preguiçosos e cheios de vaidades e expectativas idealizadas e infantis. Paradoxalmente, o que se consegue por esta rota espinhosa – mas que nos compele a repletar-nos de lucidez e coragem – é muito melhor do que nossos mais atrevidos sonhos de felicidade… Não só acredito nisso: vivo isso, em vários departamentos da minha existência atual, de que Wagner compõe um deles.

Acredite você também – é minha sugestão fraterna e enfática – no que a Voz da paz e do sentimento de dever lhe alvitram, pela câmara secreta de sua consciência; e dedique-se, com afinco e persistência, por arquitetar e edificar seu próprio futuro, amigo(a), mas com o foco correto, nas prioridades espirituais, não nas ambições enlouquecedoras do orgulho pessoal e das exigências externas, ainda que venham com as vestes pseudossábias da chancela religiosa, social e cultural dominantes na sociedade em que estejamos inseridos.

(Texto redigido em 7 de maio de 2012.)


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