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Minha tão estimada Cristiane:

Que as bênçãos de Maria Santíssima, representando e refletindo as graças infinitas da imensurável Bondade de Deus, cubram-na e a todos(as) nós, hoje e sempre.

Quando iniciamos esse trabalho de parceria, entre o seu estabelecimento empresarial e a Organização que nos congrega os esforços espirituais e nos irmana num mesmo Superior Propósito, não lhe parecia crível que, vinda de uma anterior derrocada de iniciativa privada, vivenciaria você a carreira luminosa e rica de experiências e surpresas, aprendizados e muito trabalho. Não que lhe faltasse vontade de vencer – apenas lhe soava pouco plausível esperar muito do empreendimento seguinte a tanta decepção e desgaste.

Mas você escolheu “a melhor parte”: de vincular êxitos e processos, metodologias e avanços aos passos e projetos da Casa-Causa dos Cristos de Deus que nos foi confiada, em graus e parcelas variados de responsabilidade pessoal e coletiva.

A essa altura do campeonato, após Benjamin fornecer as impressões dele sobre o assunto em pauta que ora mais a aflige (sem podermos aqui exarar o quanto tais pareceres correspondem à nossa opinião, por ainda considerarmos a questão impregnada de elementos de livre-arbítrio e discernimento intransferível e inviolavelmente pessoais), desejaríamos tangenciar outros assuntos que julgamos igualmente importantes, embora não ventilados entre você e o medianeiro (não nesses detalhes; não há muitos meses; a maior parte, nunca!).

1. (…)

(Este parágrafo foi extraído da mensagem, a fim de preservar a privacidade da destinatária e de outras personalidades envolvidas nos assuntos abordados. Registre-se que nele havia 5 dados desconhecidos do médium e de qualquer pessoa encarnada.)

2. Há um bom tempo (6) você vem se sentindo um “peso morto”, nada mediúnica (7), nas reuniões de enfermagem espiritual (8). Ninguém é inútil, numa complexa engrenagem psicoespiritual como essas, em particular onde sobrepaira e pervaga o espetacular-divinal Fenômeno das Não Mortes. No entanto, no que concerne a seu caso pessoal, lembremos que seu potencial intuitivo é respeitável, tanto que, amiúde, notava que sua tese de doutorado “se escrevia” ou “era escrita” por seu intermédio (9).

Conhecimento e inteligência, na semântica estreita que se costuma conferir aos verbetes, são ferramentas muito pobres para propiciar o brilho, a percuciência, a fluência e a maturidade de suas ponderações, tanto na articulação escrita como na falada. (Rindo) Sugira a seu ego que fale mais baixo um pouquinho, nesse parlamento de vozes mentais, para que, na assembleia de subpersonalidades e vetores psíquicos que “a voz da consciência” –  ou, na terminologia junguiana, o Self – orquestra, não haja um desequilíbrio autocrático.

3. A estranha dúvida quanto ao próprio valor, que se vem insinuando há uma boa parcela de meses (10), no quesito do coaching pessoal (11), não faz o menor sentido. Justamente o contrário do que você suspeita é o que está de fato ocorrendo. Sim, você está menos ativa, participativa ou conselheiral (12). Todavia, isso tem-se dado como resultado de afinar-se melhor, progressivamente, com os fluxos seus (internos), do(a) atendido(a) e dos guias espirituais, os seus próprios e os das pessoas que a procuram.

Em suma, isso implica ou indica uma maior sintonia com o Outro Fluxo, o transcendente, o da Vontade de Deus, o que os antigos sábios chineses, a começar do luminar Buda Lao Tsé, denominaram de “Tao”, o Grande Caminho, a Grande Trilha a seguir, e que Se mostra a cada momento, e que engloba a totalidade de eventos, indivíduos, comunidades e suas necessidades e vertentes evolutivas, em complexíssimo ballet de imprevisibilidade, com o caos e, em contrapartida, sua gêmea espiritual, a criatividade, a ditarem, muitas vezes, o ritmo, o tom e a cor de música e artes cênicas, simbolicamente considerando os intrincados e incontroláveis, em sua maior parte, acontecimentos e variáveis da humana existência.

4. E é exatamente aqui que adentramos o último tópico que gostaríamos de elaborar sutil e brevemente com você, de conformidade com o Beneplácito de Planos mais Altos para esta nossa mais extensa conversa epistolar, inobstante o caráter carinhoso, íntimo e fraterno que nela imprimimos.

E o tema é este: a bagunça geral, a desordem em áreas que você compreendia como seguras, certas e estáveis (13), fazendo alusão aqui, sobretudo, ao âmbito interno de ideias, convicções, valores, opiniões sobre indivíduos e situações (14) e mesmo no campo dos gostos e interesses pessoais (15), mixórdia essa que se instalou mais claramente em sua casa mental e na secreta câmara do seu coração, nos aproximados últimos 12 meses (16), sem que houvesse tocado abertamente neste assunto, nem mesmo em terapia (17), talvez porque interpretasse a vivência como assustadora, em vários ângulos de observação (18).

Pois bem, amada amiga Cristiane, seja bem-vinda ao novo nível de consciência, ao patamar de desafios e tarefas evolutivos mais difíceis e avançados que alcançou.

Como nos apraz a metáfora, reiteremo-la aqui: “você passou de ano”, na alegórica Escola da Evolução. E, obviamente, nos primeiros períodos de uma nova etapa de aprendizados, como no início da formação de um “quebra-cabeça” mais minucioso, tudo parece bem mais confuso e indefinido.

Mas, tão querida amiga-filha do coração, isso também passará, como todas as crises da existência, deixando, empós si, os tesouros definitivos e inaquilatáveis das lições arquivadas nas estruturas eternas do Espírito que todos(as) somos.

Feliz com seu progresso e atitude, de um modo geral,

Mãe e orientadora espiritual Eugênia-Aspásia.
Aracaju, 7 de julho de 2015.
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar.