Emmanuel André Luiz Nosso Lar

Benjamin de Aguiar e Delano Mothé,
em diálogo com o
Espírito Eugênia.

(Delano Mothé) – Há uma cena no filme “Nosso Lar” que me suscitou dúvidas quanto à forma como se daria o processo de comunicação psicográfica: aquela em que se interroga a André Luiz se ele preferiria utilizar uma “máquina datilográfica” ou manuscrever sua mensagem. A Senhora teria algo a nos dizer a esse respeito?

(Espírito Eugênia) – Mais do que o mero fenômeno da psicografia, toda a fenomenologia mediúnica ou de intercâmbio interdimensões padece de uma complexidade imensurável. Quando André Luiz buscou escrever manuscritos, em vez de digitar em uma máquina datilográfica, como alguns poucos jornalistas e profissionais da escrita tinham hábito em seu tempo – qual foi o caso de Humberto de Campos, que datilografava diretamente por Chico Xavier as suas crônicas muito populares –, apenas demonstrou a complicação no processo de adaptação da inteligência recém-desencarnada ao novo habitat. De início, realmente, André Luiz ofereceu algumas versões de seus textos, sem intenção de publicação em massa, mas tão só para comunicar aos entes queridos o que se passava consigo. O que se deu em seguida é que fac-símiles de seus artigos despretensiosos (digo-o: em relação à publicação em larga escala) foram exibidos a grandes Mestres do Plano Sublime, a começar do próprio Emmanuel, e avaliados como excelentes à posterior psicografia por intermédio de Chico Xavier. Entrementes, a versão que se produziu por meio do grande apóstolo do Espiritismo no Século XX foi outra, inteiramente diversa. Tanto que, durante aproximadamente um ano, André Luiz esteve ao lado de Chico, apenas observando-lhe as tarefas, e ligando-se psiquicamente ao famigerado medianeiro, para que se acostumassem às vibrações um do outro, como dito pelo próprio guia do porta-voz da Espiritualidade Sublime, Chico Xavier, quando este o interrogou sobre a presença contínua daquele novo amigo, de luminosidade respeitável, que permanecia aparentemente “desocupado” (risos) – o que lhe causava estranheza, pela faina que contemplava, sistematicamente, da parte dos Amigos do Domínio Excelso de Vida.

Presidente Irã ONU

(DM) – A Senhora poderia fazer algum comentário acerca das quase insanas (desculpe-me se me excedo na avaliação) declarações do presidente iraniano sobre os atentados de 11 de Setembro, proferidas nesta semana, na sede da ONU, no sentido de que os ataques poderiam ter sido apenas uma farsa apoiada pelo próprio governo americano – o que levou todos os representantes dos 27 países da União Europeia a abandonarem a solene Assembleia Geral?

(EE) – A irresponsabilidade e leviandade demonstradas por uma autoridade de Estado como o Presidente iraniano revelam as disparidades preocupantes entre o tônus mental do Oriente, em cotejo com o padrão psicológico e cultural do Ocidente (quase todo felizmente submetido a regimes políticos realmente democráticos), e reforçam como estas gritantes diferenças são perigosas, numa era de tecnologia nuclear disseminada (entre outras tecnologias bélicas altamente devastadoras e com potencial a dizimar a espécie humana e quiçá toda a biosfera do orbe, quais as de natureza bacteriológica – dificilmente controláveis, depois de desencadeadas, algumas delas). Eis o motivo da importância de Maria Santíssima Descer tão frequentemente, quanto uma vez ao ano tem feito, com seu Próprio Corpo Espiritual. Por isso, outrossim, a relevância de nos fazermos, como Ela nos Pediu, antenas vivas de Suas vibrações de paz e confraternização universal, nas faixas de consciência em que estejamos, desencarnados ou encarnados, para que melhoremos, elevando um pouco que seja, o diapasão vibratório do planeta e evitemos o Armagedon, que constituiria lamentável e inapreciável desperdício de milênios de construção civilizacional, sem contar os bilhões de anos de experimentações e edificações filogenético-biológicas dos intricados e preciosos corpos físicos humanos.

Mulher Cananeia Jesus

(DM) – A Senhora nos poderia esclarecer a fala de Jesus à mulher cananeia, que Lhe rogava expulsasse de sua filha um demônio: “Deixa que primeiro se fartem os filhos; não convém partir o pão aos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (Marcos, 7: 24-30)?

(EE) – Jesus, Nosso Mestre e Senhor Maior, tinha plena consciência das dimensões de sua Missão Messiânica. Sabia, entretanto, que, em um curto espaço de tempo devotado à Sua Vida Pública na Terra, na condição de Encarnado, deveria dedicá-lo aos judeus e galileus, em particular. Todavia, o episódio toma conotação diversa, em termos simbológicos, múltiplos em seu exercício exegético, como já dissemos alhures, inúmeras vezes. O Cristo, que nada desperdiçava, em termos de lições a serem transmitidas a seus coevos e, sumamente, à posteridade, provocou a estrangeira (curioso ser uma cananeia, porque era povo de raiz cultural e mesmo genética idêntica à dos israelitas), para que ela superasse a barreira do ego e persistisse em sua súplica, depois mesmo da “humilhação” a que Jesus, em Nome de Deus, submeteu-a – como a Vida tantos nos faz –, a fim de que a beneficiária em potencial, após revelar que fazia um pedido além das fronteiras do ego, trazendo-o das profundezas do Self, de sua Centelha Sagrada, fosse então atendida.

(Diálogo mediúnico travado em 26 de setembro de 2010.)

 


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