Benjamin Teixeira pelo espírito Eugênia.

Não tente controlar as situações: procure ser responsável por elas. Em outras palavras: faça a sua parte, mas desligue-se da preocupação com os resultados, que fogem a seu direto poder de interferência.

Porque se vive em uma cultura da razão e da responsabilidade individual, neuroses sem conta surgem, no encalço do dever de prestar contas aos outros, à sociedade, familiares, cônjuges e superiores na vida profissional.

Perfeccionismo, ansiedade, depressão, síndrome do pânico, e até a competitividade exacerbada: tudo provocado pela pretensão de manter o controle sobre todos os aspectos da existência, algo que, sendo impossível, gera níveis de angústia e de tensão desumanos, além de ser contraproducente.

Planeje seu futuro, defina metas e valores, mas não compreenda implicado, nisso, o dever de, isso feito, gerenciar os menores desdobramentos dos acontecimentos em sua vida. Como dissemos, sendo impossível, infere-se insensato tentá-lo. Só conseguirá, caso insista: estresse, doença, neurose, vícios, infelicidade, loucura e morte.

(Texto recebido em 23 de janeiro de 2001)