Pesadelos pavorosos atormentam-te madrugada adentro.

Oscilações repentinas de humor te expõem, com frequência, a vexames em todo lugar em que te encontres.

No seio do trabalho, vês-te travado(a), julgando-te quase inabilitado(a) às funções profissionais que abraçaste.

Nas relações humanas, flagras-te em atritos numerosos, perturbações sem fim, vulcões de mal-estar, amiúde sem base racional ou objetiva para o turbilhão que sofres.

Pode ser, prezado(a) irmão(ã) em humanidade, que psicoterapias e mesmo drogas psicofarmacológicas te ajudem a eliminar o problema. Antes, porém, que te confies a tratamentos medicamentosos que te afetem o delicado equilíbrio bioquímico cerebral, considera a possibilidade de seres dotado(a) de maior sensibilidade psíquica, de modo que a mediunidade te esteja sendo, assim, janela para a captação de forças contrárias ao teu e ao bem-estar doutras pessoas.

Ser médium ostensivo(a), todavia, não é ser enfermo(a) – atenção para isso. A mesma aptidão para perceberes o que seja desarmonizador constitui potencial para sintonizares o Plano Sublime de consciência.

Procura, dessarte, estabelecer o hábito diário da oração, quanto da prática igualmente cotidiana do Evangelho, e coloca-te em posição de serviço fraterno, onde e com quem estiveres.

Por fim, busca integrar-te a um grupo de apoio para encontros semanais de reflexão espiritual e preces, dentro ou fora de religiões formalmente organizadas.

Agindo assim, com determinação e disciplina, descobrirás, provavelmente em menos tempo do que imaginas, que nada tens de distúrbio psiquiátrico a ser tratado, mas de uma boa dose de sensibilidade paranormal a ser educada, no sentido do exercício do bem, por escolhas sistemáticas de sentimentos, pensamentos e, sobretudo, atitudes cristãs e solidárias.

Eugênia-Aspásia (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
11 de novembro de 2019