Tente fazer o seu melhor, sempre.

Disseram-lhe que você não tem recursos, materiais ou intelectuais, para levar a cabo as introvisões que tem de sua missão na Terra.

Asseveraram-lhe, outrossim, que por mais que tentasse, malograriam todas as suas iniciativas, esborrachando-se você em retumbante fracasso.

Afiançaram-lhe, com uma veemência e uma certeza que o pasmaram, que não adianta quanto ou como envide esforços, será envolvido em situações embaraçosas, que o afastarão, inelutavelmente, de seu sonho de realização pessoal.

Muita coisa lhe tem sido afirmada, em discursos bem elaborados, para dissuadi-lo da senda que sua consciência lhe indica, como caminho de paz, felicidade e plenitude.

Inúmeros argumentos são alinhavados, no sentido de demovê-lo do caminho que o conduz a Deus.

Entretanto, se a dúvida lhe vem, trabalhe um pouco mais, amadurecendo percepções e esquadrinhando novos universos cognitivos, enquanto realiza sua tarefa, enquanto atende aos compromissos que lhe assinalam a passagem na Terra.

Se o desânimo o envolve em torpor e tristeza, distraindo-o do propósito que o trouxe ao mundo físico, paralisando-lhe todos os esforços, corrija a ótica que o conturba, e retorne ao empenho benfazejo, sabendo-se Canal de Deus, e, como o sol que não tira férias ou como o coração que nunca descansa, persista em seu ideal e no posto de serviço que lhe foi designado pela Divina Bondade, e tudo se resolverá, naturalmente, com o tempo.

Não acredite em insinuações de que seja incapaz de desempenhar o mister que a Divina Providência lhe delegou. Se o Ser Onisciente lho definiu, é sinal de que tem condições para dele se desincumbir perfeitamente ou de gerar as condições ou desenvolver os talentos apropriados a tanto.

Não pare, por razão nenhuma. Siga em seu caminho de amor e de devotamento à causa que lhe inflama o coração. A perseverança no capítulo de fé e de ideal é o campo fundamental de compromisso que o libertará e conduzi-lo-á às maiores expressões de felicidade, nesta e em outras existências, agora e depois da morte, quer esteja sofrendo por persistir ou já usufruindo os benefícios da abnegação de pretéritas iniciativas.

Toda forma de felicidade, para o presente propínquo ou para o futuro distante, é inviável sem que se considere a obediência aos ditames mais profundos da própria alma, os reclamos da consciência para o desdobramento do serviço de amor pelo próximo e de crescimento pessoal, rumo aos desafios incognoscíveis do longínquo porvir.

Gustavo Henrique (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
08 de dezembro de 2000