Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eustáquio.



Já ouviste falar de insubordinação? Pois é! É tudo aquilo que prima pela indisciplina, pelo desequilíbrio e pela insensatez.
Se queres pautar tua vida num regímen de alinhamento com o Plano Maior de Vida, vê tudo que podes fazer neste sentido: disciplina, disciplina e disciplina (*).

Obviamente que o rigor, em determinadas circunstâncias, castra a criatividade, a originalidade, o espírito de espontaneidade e até de afeto nas criaturas humanas. Todavia, o desmazelo moral e psicológico, a falta de parâmetros de comportamento e de interação com as pessoas constitui porta escancarada para toda ordem de perturbação, desagregação e morte.

Hoje, podes pensar: “Preciso ser moderno e agir conforme meus impulsos”. E nós te dizemos: precisas ser sábio e ponderado, lúcido e realmente digno da condição de herdeiro da eternidade e filho de Deus, e agires como senhor de tua casa mental e não como fantoche dos feixes de instinto e de busca de poder da tua casa orgânica e do teu núcleo egóico, respectivamente.

Cogita, seriamente, no que pretendes da vida: prazer, alucinação dos sentidos, vertigens de loucura; ou preferes bom-senso, equilíbrio, auto-domínio, paz e felicidade?

Não precisas te castrar na fisiologia do corpo, para seguires dono de tua alma. Nem precisas esquecer compromissos com a sociedade, no plano físico, para te tornares desapegado das paixões do eu. Entretanto, se tens o propósito de alcançar verdadeira felicidade, profunda, imorredoura e imperturbável, deves fazer, inexoravelmente, disciplina íntima e controle severo de tudo que parte de tua personalidade para o mundo externo, como de tudo que nela adentra, pela porta das percepções.

Não há caminho fácil para escalar-se a montanha do progresso. Trabalho, trabalho e trabalho, com disciplina, disciplina e disciplina (*).

(Texto recebido em 27 de fevereiro de 2005.)


(*) Importa registrar a referência histórica implícita no texto: o espírito Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, tomou a palavra disciplina repetida três vezes, como um de seus lemas fundamentais na orientação espiritual de seus pupilos.

(Nota do Médium)