Benjamin Teixeira
pelo espírito
Irmã Brígida.

Querido irmão em Cristo:

Torna teu caminhar um despejar constante de bênçãos, na jornada de teus irmãos em humanidade; lembrando, todavia, que doçura demais cristaliza o doce, assim como sal em demasia torna completamente impalatável o prato fumegante e aromático.

Sê quem distribui a bênção, tanto no silêncio ante a ofensa injusta, quanto na fala firme com coração querido, salvando-o das garras do mal.

Esquece o desejo de prestar tributo às aparências sociais e às conveniências pessoais. Procura, antes de atender a impositivos das expectativas dos que te amam (ou te querem possuir e controlar, por algum motivo íntimo, talvez inconfessável), dar-lhes, de fato, o de que carecem. É assim que, amiúde, o pai enérgico pode se fazer melhor canal de Deus, para seu filho, do que a mãe indolente e complacente, que amolenta o caráter do rebento de seu seio, com mimos excessivos, apesar de jamais ter a intenção, ao menos conscientemente, de prejudicar a própria cria.

Vê agora o que podes fazer para disseminar a voz da verdade. Jesus foi duro com os vaidosos manipuladores do mundo, mas compreensível, a ponto da quase condescendência, com os degenerados e renegados, párias sociais, excluídos do seio das famílias e de si mesmos, e até abominados pelos que se apresentavam como porta-vozes do Ser Todo-Amor.

Destarte, põe-te em guarda, quando te vires – com prevalência sobre outros princípios, causas ou ideais – cogitando de caprichos pessoais. Ausculta a própria consciência, invariavelmente, no instante de agir com ou perante teus semelhantes. Prefere, sempre, o sacrifício do imediato interesse pessoal, para que possas servir aos propósitos intemporais e coletivos. Não te deixes seduzir pela voz mesquinha e mentirosa do ego, e faze-te impregnar da graça, otimismo, esperança, sinceridade, generosidade e fé que caracterizam os padrões psicológicos do Plano Sublime de Vida.

(Texto recebido em reunião mediúnica fechada de 26 de fevereiro de 2008. Revisão de Delano Mothé.)