Benjamin Teixeira

pelo espírito Gustavo Henrique

No ano de 1973, um conjunto de Altas Inteligências do Plano Superior se reuniu em Conselho para deliberar quanto aos destinos da Terra, seriamente comprometidos pelos últimos sucessos na faixa física de Vida. Havia claros indícios de que o planeta periclitava. Em poucos decênios, todo o projeto civilizatório estaria posto em risco, com terrorismo nuclear, biológico e ataques irreversíveis aos ecossistemas. Algo tinha que ser feito, de modo dramaticamente urgente. A grande questão era que não só bastava que grandes missionários estivessem reencarnados, o que nunca faltou, em nenhuma época da humanidade, enxertando idéias novas no coração do povo. Um padrão de consciência novo precisava surgir, a partir da generalidade dos habitantes do orbe.

Um projeto programado para meados do século XXI teria que ser antecipado. Sabia-se que, por volta de 2050, um conjunto de gênios encarnados estaria tomando os meios de comunicação, fazendo a Humanidade refletir sobre as grandes questões do espírito, da imortalidade, da responsabilidade moral do Homem na Terra. Não se poderia mais esperar tanto. Urgia fazer-se isso para logo.

Roteiros cármicos de companheiros ergastulados no corpo físico foram de pronto re-delineados e estes passariam a receber ou receberiam para breve (nos anos que se seguiriam) o sopro inspirativo, no sentido de, para logo e cada vez mais intensamente, uma série de iniciativas serem tomadas, com o fito de dar-se início à era de conscientização coletiva da humanidade para seu destino voltado à eternidade.

Inopinadamente, então, Hollywood infestou-se de autores e filmes carregados de espiritualidade e conteúdos de reflexão. ET´s, fantasmas e gnomos, num primeiro momento e temas mais sérios um pouco depois tornaram-se assunto corriqueiro, desenvolvendo-se uma nova tendência nesse sentido que, à época, foi tida à conta de mais um modismo passageiro. Não foi. Não será, nunca. A mensagem do espírito veio para ficar, para sempre.

O final do século se aproximou e novas iniciativas de caráter emergencial foram tomadas. Nos idos de 1998, vinte e cinco anos após a primeira, uma nova reunião de emergência dos grandes sábios diretores do governo terrestre foi realizada, mais uma vez sob os auspícios do Cristo de Deus, sendo traçados novos rumos para a evolução do planeta. Avaliaram o que tinha acontecido até então, a partir das resoluções da primeira reunião, e decidiram-se por, definitivamente, transpor do campo da mídia cinematográfica para a televisiva a mensagem de fé e esperança. Urgia tornar-se rotineiro o contato com assuntos espirituais, e não mais na plana da ficção e da fantasia, mas levantando-os para o nível de questões de ordem pragmática, trazidas à concretude do dia-a-dia por depoimentos sérios e líderes gabaritados a amoldar a mentalidade da massa à Nova Era.

A primeira década do século XXI já perceberia as primeiras iniciativas na pátria do Cruzeiro e, logo mais, estariam elas se espraiando para além fronteiras, a começar dos Estados Unidos da América, já no raiar da segunda década do Terceiro Milênio, para de lá se disseminar por todo o globo.

Amigos de nosso plano, já encarnados, designados para o serviço, foram postos sob observação e inspirados a encetar os primeiros empreendimentos do grande processo civilizatório para a nova fase da humanidade, espiritualista: fariam a mente popular voltar à religiosidade que lhe era espontânea, sem renunciar ao conhecimento e à perspectiva científica. Se alguém falhasse na missão que se lhe houvera delegado, outros assumiriam o posto, sem embargo da disseminação do novo padrão de consciência.

A hora chegou. Por toda parte, os sinos do tempo badalam. Uma nova era surge para a humanidade. Ou ela, ou nenhuma, já que a auto-extinção poderá ser a sina humana, uma vez que não será possível sobreviver-se ao avanço da tecnologia sem uma nova consciência.

Que ninguém descure do seu dever, da sua parcela de responsabilidade no grande projeto de emancipação humana das trevas da ignorância materialista. Tanto quanto houve necessidade de a ciência libertar a humanidade do obscurantismo medieval, agora chegou a vez de uma nova ciência despontar como libertadora do cepticismo cínico e desesperador da era consumista. Ou cada um faz sua parte, ou, quem sabe, não haja mais o que se fazer, tão cedo, pela pobre humanidade sofrida da Terra…

(Texto recebido em 22 de agosto de 2001.)