Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.


“Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los.”
Mateus, 8:15.

A passagem do livro de Mateus é por demais expressiva, em seus fundamentos sagrados. A sogra de Pedro, curada por Jesus, imediatamente se põe a trabalhar, indicando a finalidade dos processos de cura: o serviço comum, e não o deleite pessoal.

Muita gente, ainda hoje, deseja:

Mais dinheiro, para os excessos de toda ordem.
Mais amor, para os caprichos do ego.
Mais poder, para os desmandos do orgulho.
Mais saúde, para a continuidade dos desatinos de variada monta, a que se confia.

E, para obter a cura ou a resolução de seu problema:

Faz promessas absurdas de sacrifício, que nunca cumprirá.
Garante que será mais bondosa e generosa.
Que fará uso do poder, do dinheiro ou de todos os favores de que se vir objeto, para estender as iniciativas sociais em prol do próximo.

Todavia, não se dá conta de que:

Se realmente estivesse decidida a mudar de padrão, teria mudado, independentemente da chegada ou não do favor que impetra.
Que se Deus houvesse esgotado a extração dos fins a que destinou a crise, ela naturalmente se teria diluído.
Que a dor e a dificuldade são os maiores estímulos evolutivos e que, portanto, representam dádivas divinas das mais especiais, que, quando se vão, trazem outras, de natureza quiçá diferente, mas sempre novas adversidades e desafios que propõem progresso.

Assim, se você quer atrair graças abundantes para sua vida, duas coisas faça:
Espalhe, já de agora, em meio à aparente desgraça, graças nas vidas de outras pessoas.
Transforme as graças recebidas, em ação de graças permanente, no serviço ao semelhante.

(Texto recebido em 17 de março de 2005.)