(Interpretando a função de inimigos e amigos em nossas existências.)

Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Diante da fofoca e da calúnia? Perdoa e segue. Eles imaginam que falam verdades, e que ainda prestam um serviço, por mais estranho que isso te pareça. Só que, nem de longe, dimensionam o tamanho do carma que acumulam sobre si mesmos, como pesados nimbos borrascosos, prenunciando tempestade…

Foram ingratos contigo? Pratica a indulgência e continua em tua vereda de caridade exercitada indistintamente. Hoje, podem se supor em condições de serem indiferentes com tua pessoa, depois de tudo que receberam em forma de benefícios inaquilatáveis. A Vida, porém, é implacável com os que se mostram frios e injustos com os semelhantes, principalmente no que concerne a quem mais mereceria reverência e atenção, pelo bem maior prestado.

Cobraram-te o que não podias oferecer, e por isso te interpretaram como uma fraude? Compreende e releva. Acreditam que podem exigir posturas ideais dos irmãos em humanidade, ao passo que eles próprios se mostram sofrivelmente incompetentes em até resolverem dramas comezinhos de suas mesquinhas e sofridas existências.

Enquanto isso, lança o olhar à tua volta e notarás, em profusão:

Amigos magníficos, que te admiram os valores e te estimam do modo como és, sem quaisquer laivos de manipulação, que nunca te abandonaram e sempre se mostram leais a teu esforço no bem.

Protetores do Plano Maior, que nunca relegam a desamparo os pupilos caríssimos, mais ainda empenhados na defesa e inspiração dos que se fazem corajosos na disseminação do amor e da sabedoria.

Sorrisos de confiança, simpatia e gratidão, em toda parte que vais, por verem que, realmente, fazes teu melhor, ainda que humano.

E, por fim, compreenderás:

Que aqueles que pareciam ter promovido devastação e tristeza em tua vida apenas te preparavam o terreno da alma e te fortaleciam psicologicamente, para que adquirisses lucidez suficiente e estrutura emocional bastante, a fim de perceber, administrar e usufruir, com critério, maturidade e segurança, a fase de felicidade que ora vives, e que, com o tempo, mais ainda se dilatará.

(Texto psicografado em 26 de agosto de 2007. Revisão de Delano Mothé.)