Fé deve ser resultado de laborioso trabalho do intelecto e da intuição, casados aos sentimentos e valores morais mais altos que se portem, ou seja, atinentes ao melhor da própria mente e espírito.

O fanatismo tacanho de quem deseja convencer-se de uma crença conveniente aos seus caprichos e preconceitos constitui uma degradação do natural impulso humano à transcendência e à reverência do Sagrado, em suma: uma blasfêmia ante o(a) Criador(a).

Os horrores perpetrados em Nome de Deus, no passado e no presente, no Oriente como no Ocidente, dão notícia da gravidade do tema que tangenciamos. Em contrapartida, a história das almas santas ou dos seres iluminados e seus atos de heroísmo incontestável, assim como os registros das realizações extraordinárias dos gênios espirituais, luminares da civilização terrena, quais Jesus, Buda e Lao Tsé, em escala incomparável de benefícios à humanidade inteira, revelam dramaticamente que a fé pode e deve se fazer uma ponte celeste de percepção de uma realidade maior, mais profunda, mais refinada e mais complexa do que a vislumbrada pelos tão limitados cinco sentidos físicos.

Espírito Eugênia-Aspásia.
Médium: Benjamin Teixeira de Aguiar.
25 de abril de 2015.