Benjamin Teixeira
pelo
Espírito Eugênia.

Por que, prezado(a) amigo(a), foges de cogitar da morte, se este campo de conjecturas sagradas te propiciariam uma maior valorização da vida?

Falo, de modo especial, para ti, que te esquivas até da mera lembrança da inevitabilidade do morrer, como tema enfadonho, irritante, apavorante ou de mau gosto. A morte é parte indissociável do fenômeno do viver (completando-o, em suas últimas consequências e propósitos), e somente quando se aceita, plenamente, o decesso carnal, pode-se apreciar a Vida, em todas as suas expressões, dentro ou fora dos veículos de carne, estejas munido(a) ou alijado(a) dos maravilhosos computadores biológicos que constituem o encéfalo humano, tanto no campo material, quanto na dimensão extrafísica vizinha à Crosta planetária (*).

Se, todavia, insistires em te manter distante da reflexão basilar, ela te será lançada em rosto, da pior forma, nos momentos menos esperados, com as pessoas mais queridas ou, quiçá, contigo próprio! Não se trata de sina maldita ou perseguição das forças da natureza ou do universo, mas exatamente o contrário: de um fatalismo de bênção e progresso, que segue o encalço das criaturas, para lhes prodigalizar as graças ímpares da lucidez, da sabedoria, da fé e da felicidade, ainda que alguns indivíduos (não raramente) pretendam se condenar a genuínos infernos correlatos de embotamento, ignorância, desespero e angústia…

Ouve o relato daqueles que partiram da vida biológica que desfrutas, no âmbito fabuloso de aprendizados e desafios da realidade física, para que possas articular, nessa mesma existência que usufruis (tanto quanto bem depois do término dela), os recursos com que foste dotado(a), pela Divina Providência, no sentido de seres feliz e realizado(a), em todos os departamentos de tua alma… ou, se preferires (em função de teus terrores neuróticos, em torno do assunto), de tua “psique” – risos: porque, como não deves desconhecer, “psique”, do grego clássico, significa “alma” (alívio na troca de vocábulos sinônimos que bem denota a puerilidade emotiva que emoldura os medos irracionais, relacionados ao trânsito para outras dimensões de existência… e de consciência).

Foca, sobremaneira, um aspecto magnífico das vivências extracorpóreas de proximidade de morte: o contato com entes queridos que partiram da experiência no domínio encarnatório e, mormente, com um Ser de Luz – um Guia Espiritual ou Anjo de Guarda, de notada evolução espiritual para os padrões da Terra, que, por isso mesmo, costuma ser interpretado como uma Presença Divina, amiúde confundido com Nosso Senhor Jesus, Buda ou outro Luminar das Tradições Espirituais da Terra.

Primeiramente, dizem estes afetos especiais (que aguardam o retorno de seus amados, do “Outro Lado da Vida”), aos que sofrem uma EQM, que devem retornar ao domínio da matéria, por não haver ainda chegado seu momento de reingressar na Pátria Espiritual. Dentro ainda da vivência ínsita em estado de morte clínica (ausência de todos os sinais vitais detectáveis por aparelhos médicos, mesmo os mais avançados), no encontro com o Ser Divino, sentem tais criaturas abençoadas pela prova da existência de Vida, além da vida animal, que são amadas integralmente, não importando o que hajam feito, a despeito de, constrangidíssimas, serem compelidas a uma retrospectiva de suas últimas existências no corpo, diante deste Ser Sublime. Eis um dos motivos axiais, por que se decidem (e de fato se transformam, no campo da conduta e da moral), substancialmente, ao voltarem ao encapsulamento biológico, por nunca mais perpetrarem determinados atos de egoísmo e mesquinharia, ignorância e barbárie, a que se confiaram antes de sua – como asseveram os ianques, pioneiros e estafetas das linhas de ponta neste setor de pesquisa científica (entre muitos outros) –, “near-death experience”. Um Ser de Infinita Bondade que os ama, incondicionalmente, e que nunca julga, tão-só assegurando ao sujeito (ou paciente?) da EQM, a cada vez que algum erro maior era desvelado, nas cenas tridimensionais repassadas da existência material quase suspensa, com vividez espetacular, que ele ou ela estava apenas aprendendo.

Por fim, sugiro particular atenção, outrossim, aos dois itens figadais de valor humano, que trazem como indiscutivelmente certos, de seus arrebatamentos do soma, em processo de semimorte, tais vanguardeiros da Luz, a reforçarem todas as teses fundamentais da Religião e da Espiritualidade no globo: conhecimento e, mormente, Amor! Somente o Amor e o conhecimento (sobretudo aquele que favorece um melhor convívio com os semelhantes – ou seja, mais uma vez de volta ao vértice central da Vida: o Amor) justificam e conferem significado e finalidade à existência humana, sendo esses, inclusive, os dois crivos viscerais de avaliação do aproveitamento existencial, realizado ante o Ser de Luz, quando do retrospecto de suas últimas vidas físicas, na proximidade do trajeto para o “Outro Mundo”.

Que Jesus e Maria nos inspirem, para que não precisemos de algo tão dramático como a morte de um ente amado, a perda dos recursos financeiros, a suspensão de vantagens sociais ou a elisão da saúde, para refletirmos sobre as magnas questões que constituem os alicerces da Vida, em Sua suma essência. Que nos façamos maduros e lúcidos o bastante, para tomarmos a iniciativa de nos aplicar a esta busca do Espírito, espontaneamente, sem sermos acossados pelo acicate das provações rudes, visto que Deus, em Sua infinita misericórdia, não nos deixará de enviá-las, caso teimemos em nos manter afastados de meditar em torno do campo fundamental do ser, do existir, do pensar, do sentir, do sofrer, do amar…

(Texto recebido em 29 de novembro de 2009.)

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